CUIDADOS

Catarata em animais: recuperando a visão e melhorando a qualidade de vida

Por João Paulo Silva Bombo | joao.paulo@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
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A falta de tratamento adequado pode causar inflamações intraoculares, luxação do cristalino e glaucoma
A falta de tratamento adequado pode causar inflamações intraoculares, luxação do cristalino e glaucoma

A catarata, uma condição caracterizada pela opacificação do cristalino, pode afetar não apenas seres humanos, mas também animais de estimação, comprometendo sua visão e, consequentemente, sua qualidade de vida. Quando presentes, os sintomas são evidentes: olhos esbranquiçados e dificuldades visuais que se traduzem em trombadas em objetos e dificuldades em encontrar brinquedos e petiscos.

Segundo Cintia Perches, médica veterinária oftalmologista, o diagnóstico preciso da catarata é crucial para o tratamento eficaz, sendo realizado por meio de exames oftalmológicos especializados. A avaliação detalhada com a lâmpada de fenda, realizada por um oftalmologista veterinário, permite identificar a presença da condição.

"Para um diagnóstico mais completo, é necessário dilatar a pupila e realizar exames adicionais com lâmpada de fenda e oftalmoscópio".

Ao contrário de algumas condições oculares em que colírios podem ser uma opção de tratamento, no caso da catarata em animais, a abordagem é cirúrgica. "Não existem colírios que impeçam a opacificação do cristalino, tornando a intervenção cirúrgica a única solução eficaz", destaca Cintia.

A cirurgia de catarata não é apenas uma esperança para os animais afetados, mas também uma realidade que pode restaurar a visão e melhorar significativamente sua qualidade de vida. "A cirurgia deve ser realizada no momento certo. Se um animal de estimação apresentar sinais como dificuldades visuais ou olhos esbranquiçados, é imperativo procurar imediatamente a orientação de um oftalmologista veterinário", comenta a médica veterinária.

Os riscos associados à falta de tratamento adequado são sérios e incluem inflamações intraoculares, luxação do cristalino e glaucoma. Além disso, embora a catarata seja mais comum em animais idosos, ela pode surpreender também os mais jovens. A predisposição à catarata é mais pronunciada em pacientes diabéticos, destacando a importância do controle da glicemia como medida preventiva.

“É interessante observar que a catarata não discrimina entre espécies. Embora seja mais prevalente em cães, pode afetar gatos, pássaros, roedores e répteis. Portanto, a conscientização sobre os sintomas e a pronta busca por cuidados especializados são essenciais para garantir a saúde ocular e o bem-estar de nossos queridos animais de estimação”, conclui.

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