ARTE EM QUADRINHOS

‘Devo tudo aos quadrinhos’: artista de Piracicaba relembra obras e paixão pelas HQs

Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos é celebrado nesta terça-feira (30), e faz alusão a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil

Por Roberto Gardinalli | 30/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min
roberto.gardinalli@jpjornal.com.br

Divulgação

A história em quadrinhos, também conhecida como HQs, é um dos gêneros artísticos mais conhecidos do mundo. O estilo é conhecido pela mescla de texto e desenho para se contar uma história. Os assuntos são dos mais variados. Vão desde as travessuras da Turma da Mônica, ao humor ácido de Laerte Coutinho, histórias de super heróis, até grandes reportagens produzidas nos blocos desenhados.

No Brasil, a primeira história em quadrinhos foi publicada no dia 30 de janeiro de 1869. A data, hoje, é lembrada por ser o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos. A primeira história foi publicada pelo desenhista italiano radicado no Brasil  ngelo Agostini, no periódico “Vida Fluminense”. Naquele dia, estreou a primeira edição de “As Aventuras de Nhô Quim”, que contava a história de um caipira que se muda para o Rio de Janeiro.

De lá para cá, as obras se difundiram cada vez mais e tornaram-se parte da vida das pessoas. “Não me lembro dos primeiros quadrinhos que li, mas meus pais compravam revistas do pato Donald e Tio Patinhas, publicadas pela editora Abril no começo dos anos 1980, para mim e meu irmão”, disse o ilustrador piracicabano Érico San Juan. “Criança, eu curtia os quadrinhos Disney criados por Carl Barks. Adolescente, já começando a trabalhar com ilustração, gostava da revista dos Piratas do Tietê, de Laerte, e das histórias de Spacca na revista Níquel Náusea”, lembrou o artista, que fez dos quadrinhos sua profissão.

Com o passar dos anos, San Juan chegou a colecionar grandes obras das HQs. Atualmente, prefere ter por perto os trabalhos de amigos. “Já tive muitos quadrinhos até meus 20, 21 anos de idade. Hoje, guardo apenas meia dúzia de revistas e álbuns de HQ, geralmente de amigos da área. Não sou um colecionador. Se for pra escolher entre um quadrinho de 40 anos atrás e uma edição mais nova desse mesmo quadrinho, fico com a nova”, contou. “O álbum de quadrinhos que mais gosto é do desenhista Flávio Colin e do roteirista André Diniz: Fawcett. Colin é o maior autor de quadrinhos que já li”, completou.

As revistas sempre fizeram parte da vida do artista, que coleciona publicações de suas obras, e não hesita em dizer que deve tudo a essa forma de expressão. “Eu devo tudo aos quadrinhos. Meu principal trabalho é a tirinha ‘Dito, o bendito’, que completou 30 anos em 2023”, contou. “Esse personagem surgiu no Jornal de Piracicaba e já foi publicado em 10 livros, integrou 3 exposições próprias, teve reconhecimento em importantes obras de referência dos quadrinhos brasileiros, além de ter ganho uma animação para a internet, pelas mãos do artista Giul Vieira”, finalizou.

Clique para receber as principais notícias da cidade pelo WhatsApp.

Siga o Canal do JP no WhatsApp para mais conteúdo.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.