Os quatro integrantes da equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) acionada para a transferência da menina Jamilly Vitória Duarte, de 5 anos, da UPA da Vila Cristina para a Santa Casa, na noite de 11 de agosto, prestaram depoimento à CPI formada na Câmara Municipal para apurar as circunstâncias da ocorrência.
Após ser picada por escorpião, a criança recebeu atendimento na unidade, foi transferida para o hospital, mas morreu na madrugada seguinte.
Para o vereador Acácio Godoy (PP), presidente da CPI, os depoimentos da equipe do Samu evidenciaram divergências e incongruências em versões já apresentadas anteriormente à comissão sobre o atendimento prestado a Jamilly, além de falhas em protocolos também já identificadas.
A equipe ouvida na CPI atua, pelo Samu, na USA (Unidade de Suporte Avançado). Prestou depoimento a enfermeira Mariana Romelli Beraldo, que relatou detalhes da ocorrência, o estado da paciente, as tentativas de acesso venoso e a chegada à Santa Casa. O médico Thiago Afonso Bertholo explicou que, na base do Samu, ele próprio foi o responsável pela liberação da vaga zero para Jamilly, já que é coordenador da Central de Vagas e atuou também como médico intervencionista.
Também foram ouvidos o socorrista condutor Celso Donisete Vacari, que apresentou detalhes sobre o deslocamento para atendimento da ocorrência sob código vermelho, e o interno da faculdade de medicina, Matheus Freitas Barbosa.
Nesta quinta (26), a partir das 8h, a CPI coleta os depoimentos de três funcionários da Santa Casa. Para sexta-feira (27), às 8h, estão previstas as oitivas de outros três funcionários do hospital. Na segunda-feira (30), devem participar mais dois profissionais da equipe de saúde da Santa Casa e outros dois na terça-feira (31), ambos às 8h.
A CPI já ouviu, desde o início dos trabalhos, os depoimentos de representantes do Coren (Conselho Regional de Enfermagem), do GVE (Grupo de Vigilância Estadual) e Cevisa (Centro de Vigilância Sanitária Municipal), além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais funcionários da UPA que atuaram na ocorrência, inclusive a médica responsável pelo caso de Jamilly. Desde 1º de julho, a UPA da Vila Cristina é administrada pela OSS (Organização Social de Saúde) Mahatma Gandhi.
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