
O rio Corumbataí está há 23 dias com o nível abaixo de um metro de profundidade com relação ao leito, segundo o histórico do Saisp (Serviço de Alerta a Inundações do Estado de São Paulo). A última vez que a profundidade passou de um metro foi no dia 3 de setembro, quando, segundo o sistema, o nível anotado foi de 1,22 metro com relação ao leito. Desde então, a profundidade variou entre 90 e 75 centímetros, a mais baixa do rio em 2023. Em Piracicaba, 80% da água destinada ao uso da população vem do Corumbataí, e 20% do rio Piracicaba.
O volume mais baixo do rio em todo o ano coincidiu, também, com o período em que o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) manteve a região em alerta de “grande perigo” para altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. No primeiro dia do alerta, 17 de setembro, o rio manteve uma média de 85 centímetros de profundidade, que caiu para 80 centímetros no dia seguinte. No dia 19 de setembro, aconteceu o registro do pico de profundidade do rio na série do Saisp: 90 centímetros. Porém, a profundidade voltou a cair, e ficou abaixo de 80 centímetros no dia 21 de setembro, quando foi anotado um nível de 78 centímetros com relação ao leito. De lá para cá, a profundidade variou de 77 a 75 centímetros. Ontem (26), às 16h30, a profundidade era de 77 centímetros.
Comparado ao mesmo período do ano passado, entre 17 e 26 de setembro de 2022, os níveis estão maiores. A variação de volume naquela época foi entre 87 e 65 centímetros, sendo que no dia 22 de setembro, houve um pico de 1,22 metro de profundidade. Com relação ao rio Piracicaba, a profundidade diminui de 1,25 metro para 1,04 metro, variação anotada entre os dias 19 de setembro - maior profundidade - e 26 de setembro.
DESABASTECIMENTO - De acordo com o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), o calorão fez com que o consumo de água aumentasse em aproximadamente 10 milhões de litros de água por dia em Piracicaba. O consumo maior, somada à baixa vazão do rio e falta de chuvas fez com que regiões de Piracicaba ficassem sem água, já que, nessas situações, o processo de tratamento fica mais lento por conta do número de detritos e matéria orgânica.
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