SAÚDE

Proibido, cigarro eletrônico ganha público entre jovens, mas danos podem ser graves

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 2 min

Cigarros eletrônicos ganham cada vez mais adeptos no Brasil, principalmente entre os jovens. Esses dispositivos podem ter o formato de cigarros, canetas e pen drives. E é falsa a ilusão de que não trazem danos à saúde. Por conterem aditivos que conferem sabor variado e aromas agradáveis, os cigarros eletrônicos fazem com que o perigo da nicotina e das substâncias tóxicas ali presentes seja disfarçado.

Por ter uma aparência mais tecnológica e atrativa, os cigarros eletrônicos viraram febre entre os jovens, sendo comercializados e utilizados apesar da proibição no país, inclusive em ambientes fechados, burlando também a legislação antifumo vigente que proíbe o uso de produtos derivados do tabaco em locais coletivos fechados.

Além disso, muitos usuários acreditam que o cigarro eletrônico pode ser usado como tratamento para a dependência do cigarro convencional, o que é uma informação inverídica. E por serem utilizados por muitos usuários sem qualquer constrangimento em ambientes públicos, muitos nem sabem que esses dispositivos não são legalizados no Brasil.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico. A normativa, em seu primeiro artigo, é ainda mais específica: estão proibidos quaisquer dispositivos eletrônicos que aleguem a substituição de cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo e similares no hábito de fumar ou que objetivem alternativa no tratamento do tabagismo. Ou seja: há mais de dez anos os cigarros eletrônicos são sim proibidos no Brasil.

Danos potenciais do uso do cigarro eletrônico:

    1. Danos pulmonares: Estudos têm mostrado que o vaping pode causar lesões nos pulmões, resultando em problemas respiratórios, inflamação pulmonar e, em casos graves, condições como a "lesão pulmonar aguda associada ao vaping" (EVALI).

    2. Exposição a substâncias tóxicas: Os líquidos dos cigarros eletrônicos contêm substâncias químicas tóxicas, incluindo nicotina, formaldeído, acetaldeído e outras substâncias cancerígenas e irritantes.

    3. Vício: A maioria dos cigarros eletrônicos contém nicotina, uma substância altamente viciante. O uso contínuo de nicotina pode levar à dependência, tornando difícil para as pessoas parar de usar esses dispositivos.

    4. Efeitos na saúde cardiovascular: O uso de cigarros eletrônicos pode afetar negativamente a saúde do coração, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

    5. Impacto na saúde mental: Há evidências de que o uso de cigarros eletrônicos pode estar associado a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

    6. Riscos para jovens: O vaping é particularmente preocupante entre os jovens, pois pode levar à dependência precoce de nicotina e afetar o desenvolvimento do cérebro em adolescentes.

Portanto, é importante estar ciente dos riscos à saúde associados ao uso de cigarros eletrônicos e considerar a busca de alternativas mais saudáveis para deixar de fumar, como programas de cessação do tabagismo ou terapias de apoio. É sempre aconselhável consultar um profissional de saúde para obter orientações personalizadas sobre como abandonar o tabagismo e proteger sua saúde.

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