O homem que matou a facadas o dono do restaurante Dourados, Carlos Alberto Camargo, aos 47anos, no dia 20 de março do ano passado, foi absolvido do crime de homicídio por ter sido considerado legalmente insano. Ele também respondia por ter atingido com uma facada na mão outro funcionário do local.

Dessa forma, a Justiça determinou que o autor do crime, que era funcionário do restaurante, seja internado em um manicômio por, inicialmente, três anos. O caso ocorreu em um domingo de manhã dentro do estabelecimento, que fica na esquina da rua dos Tico Ticos com a avenida Cruzeiro do Sul, no Parque Piracicaba. O autor do crime foi preso em flagrante. O julgamento do caso ocorreu na quinta-feira (06).

De acordo com a sentença assinada pelo juiz titular da Vara do Júri e Execuções Criminais, Luiz Antonio Cunha, o acusado, quando ouvido, disse que, ao chegar ao trabalho, foi até a churrasqueira, voltou e entrou na cozinha, onde pegou a faca. Ele afirmou que não se lembra quantas facadas deu na vítima e afirmou também que não queria atingir o outro funcionário.

Quando ocorreu o crime, o homem chegou a afirmar que a vítima teria assediado a esposa dele, o que foi desmentido por ele mesmo no interrogatório. “Tratou de delírio de sua mente”, disse.

O laudo do Exame de Insanidade Mental confirmou que o réu apresenta histórico de esquizofrenia desde os 35 anos de idade e que, na época em que cometeu o assassinato, apresentava “delírios paranoides, alucinações auditivas e alterações comportamentais”, como consta na sentença.

Diante disso, “atestou-se ser ele totalmente incapacitado para entender o caráter ilícito do ato e de determinar-se de acordo com esse entendimento, sugerindo, assim, a internação para tratamento em Hospital de Custódia, por tempo indeterminado, em decorrência de seu elevadíssimo grau de periculosidade”.  O réu deverá ficar internado por, prazo mínimo de 3 anos, para realização de novo exame de incidente te insanidade mental.