MISTÉRIO

Mãe desesperada quer saber a causa do homicídio do filho no Pacaembu

Breno Vaz Martins, de 23 anos, morreu no dia 2 de junho com perfuração de arma branca; família e amigos dizem que ele não tinha inimizades e querem saber o que aconteceu.

Por Hevertom Talles | 10/06/2023 | Tempo de leitura: 4 min
da Redação

Reprodução

Jovem de 23 anos morreu no dia 2 de junho após ser encontrado com perfuração de arma branca
Jovem de 23 anos morreu no dia 2 de junho após ser encontrado com perfuração de arma branca

A morte precoce do jovem Breno Vaz Martins, de 23 anos, ocorrida no dia 2 de junho, é cercada de mistério e muita tristeza. A família e os amigos desconhecem o que teria motivado o homicídio. Breno foi encontrado dentro do próprio carro no bairro onde morava, no Pacaembu, na região Norte de Franca, com uma perfuração no peito, após sofrer um acidente e atingir um alambrado.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e durante o socorro, a equipe de socorristas encontrou ele com um ferimento que teria sido provocado por uma arma branca (faca). O jovem morreu no local do acidente.

Breno cresceu no bairro Luiza I, antes de se mudar com os pais e o irmão para o bairro Pacaembu. Ele chegou a trabalhar por alguns anos na fábrica de calçados Ferracini, e mais recentemente, o jovem trabalhava em uma fabriqueta de calçados de um amigo. Breno era conhecido pelos seus gostos musicais, apaixonado por moda de viola e fã assumido do cantor Tião Carreiro. Ele não dispensava um chapéu, uma fivela e uma botina quando fosse sair de casa.

Completando neste sábado, 10, exatos oito dias da fatalidade, a família pede justiça e busca por respostas pela crueldade. Amigos  próximos contam que Breno não tinha inimizades, era rodeado de amigos, querido por todos, muito gentil, educado, e não era de briga.

“O Breno é um excelente filho, educado, honesto, trabalhador, pagava as contas dele tudo em dia. No último dia dele de vida, ele recebeu e foi pagar a conta dele, da prestação do carro, tinha sonhos pela frente. Está me fazendo muita falta, ele me ajudava muito. Agora eu não tenho ele aqui mais, não vou ver mais o rosto dele, todo dia antes dele sair do serviço mandava uma mensagem pra mim, mãe está precisando de alguma coisa? Eu não estou conseguindo mais viver sem o Breno, eu quero saber o que aconteceu, não brigava com ninguém, não sabia responder, eu não sei meu Deus...”, desabafa a mãe, Zilva Paiva Ramos, de 51 anos.

Antes do homicídio, o jovem esteve na casa de um amigo também na região Norte de Franca. Depois Breno seguiu para o bairro onde morava, onde teria acontecido o crime. De acordo com os amigos, ele não se envolvia em brigas e também não usava drogas. Tinha o costume apenas de beber alguma bebida alcoólica.

“Todo dia eu vejo a cama dele, as coisas lá em casa, não sei mais o que faço. Não tem justificativa pelo que aconteceu, era um menino amável, passava todo dia para ver a avó, só ajudava as pessoas, era um menino de Deus que só servia e amava o próximo”, relata Zilva.

A mãe comenta que, após a perda do filho, não consegue mais dormir e até comer. “Estou ficando doente. Quero que a Justiça ajude a gente”, diz ela.

Breno tinha um irmão mais velho, Cleberton Vaz Martins, de 31 anos, que diz que a ficha ainda não caiu sobre ter perdido o irmão. “Cada dia que passa sem resposta, sem saber o que aconteceu, o que houve, o porquê, tá muito difícil... Não dá nem para imaginar quem fez isso com ele”, comenta o irmão.

Cleberton destaca que Breno adorava fazer amizades. “Ele amava viver, os amigos, a família, tinha sonhos, tinha acabado de trocar a letra da carta dele e queria ser caminhoneiro, mas infelizmente não deu tempo. Uma alma vazia interrompeu os sonhos dele, o porquê disso?! Queremos saber... Ele vivia intensamente todos os dias, onde ele chegava ele tinha amigos ele sabia chegar, sabia sair, nunca vi ele falar mal de alguém”, descreve Cleberton.

Amigo desde a época da escola, Adenilson Junior de Souza, também de 23 anos, diz que Breno era uma pessoa sempre alegre. “Conheci ele na 5ª série, uma pessoa incrível, vai ficar marcado aí, tudo pra ele estava bom, feliz demais, gostava de tomar uma cervejinha. Se precisasse dele era toda hora, muito alegre, saía, divertia, fazia as pessoas rir, muito humilde”, narra o amigo.

“Crueldade que fizeram com ele, mas ficou aí só saudades, lembranças boas dele, tive o prazer de viver de viver pouco da vida dele junto com ele. Pessoa sempre alegre, de bem a vida, tudo estava bom, não abria a boca para xingar, falar mal de ninguém. Vai achar quem fez isso com ele. (...) Maior vazio dentro de mim”, relata Serginho Ramos, 31 anos, que era amigo pessoal de Breno e de sua família.

Investigações 
O caso está sendo investigado pelo setor de homicídios da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, sob o comando do delegado Márcio Murari. Um celular foi encontrado no local do acidente e apreendido pela polícia.

1 COMENTÁRIOS

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  • Edson Ramos
    10/06/2023
    O delegado dr.Murale e seus investigadores tenho certeza já estão na cola desse assassino,questão de dias. Estará preso