Com o intuito de apresentar um repertório de atividades para auxiliar professores e gestores de ensino fundamental e médio, focado na implementação da Lei 10.639/03, que completou 20 anos, substituída pela Lei 11.645/08 (que estabelece a inclusão do ensino da história e da cultura africana e afro-brasileiras nas escolas), garantindo o acesso de toda população a este conteúdo, "Meu Brasil Brasileiro" destaca a tecnologia e o conhecimento trazidos do continente africano, que ajudaram no crescimento do país.

A história é contada em oito atos por trinta artistas, entre dançarinos, músicos e uma atriz, que interpreta uma professora que transforma o público em seus alunos, intercalando com apresentações de tradições afro-brasileiras, como dança guerreira, dança tribal, maculelê, puxada de rede, batuque de umbigada, ijexá, baião, samba-reggae, samba-enredo e capoeira.

Com 1h40 de duração, o espetáculo é aberto a toda a população, com o foco em receber professores, gestores e alunos de escolas públicas. Traz à tona uma pesquisa que possibilita uma outra visão sobre a história do Brasil a partir das manifestações tradicionais afro-brasileira.

CIDADES E OFICINAS

"Meu Brasil Brasileiro" já passou por Tietê, Capivari, Campinas e agora chega de Rio Claro e Piracicaba, e passará por Americana. Em Rio Claro, neste sábado (3), a programação inicia às 15h, com a oficina de Percussão com a professora Elaine (gratuito com vagas limitadas); às 16h, ocorre a oficina de Maculelê com o Mestre Marquinho e às 18h, a apresentação do espetáculo “Meu Brasil Brasileiro” (entrada gratuita e limitada). Já em Piracicaba, no domingo (4), às 13h acontece a oficina de percussão; às 14h, a oficina de Maculelê e às 16h, a apresentação do espetáculo “Meu Brasil Brasileiro”.

HISTÓRIA

O projeto "Meu Brasil Brasileiro" foi iniciado em 2016 com aulas de capoeira, dança afro e musicalização. Em 2019 tornou-se também um espetáculo, desenvolvido pelo Mestre Marquinho e pela musicista Elaine Teotonio.

Mestre Marquinho completou 35 anos de idade, dos quais 30 foram dedicados à Capoeira. Foi formado por seu pai, Mestre Valter que iniciou na capoeira nos anos 1970 e tem como legado ter filhos, genros, noras, netos e sobrinhos são envolvidos com a capoeira. Em 2002, a família criou o Geacap (Grupo Estilo Acrobático Capoeira).

Elaine Teotonio iniciou suas aulas de música e realizou suas primeiras apresentações aos 13 anos, iniciando efetivamente sua carreira aos 18. Em 2005, começou a dar aula de música particular e em escolas de ensino fundamental, levando às salas de aulas as bandinhas de sucata. Hoje, está à frente do AfroEcologia, uma proposta de ritmos afros executadas com grupo (bate-lata) e o Bloco Afropira, que apresenta ritmos afro-brasileiros como baião, Ijexá, samba-reggae e samba.

O casal se conheceu em 2012 e, a partir do mesmo ano, eles desenvolveram diversas ações culturais e sociais, entre elas, o Festival Afropira (considerado o maior encontro afro de Piracicaba, que chega à 10ª edição), o Potência Afro – A União dos Eventos Afros do Interior Paulista (que reúne as cidades contempladas neste projeto) e o Fenacapi.

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