ARTIGO

Terceiro ano e....?

Por Gilmar Rotta | 03/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Não há frase que mais temos escutado nas ruas do que esta. Este é o terceiro ano do atual governo municipal, já se passaram quase quatro meses de 2023 e o que temos visto de grandioso neste período?

Talvez no futuro possamos ouvir da conclamada reorganização da gestão, modernização das ações, dos projetos que buscaram inovar e algo sobre propensos resultados que estas ações possam trazer. Talvez. Mas o fato é que a cidade esperava mais do que isso de um governo que, ao contrapor um modelo de atuação no município, surpreendesse. Ainda não aconteceu.

Temos visto pelo Brasil afora modelos de cidades que têm surpreendido por soluções inovadoras de gestão. E inovação não é exatamente a parafernália tecnológica que possamos imaginar. Não. Inovação é inteligência em resolver problemas. E, na grande maioria das vezes, com simplicidade.

No caso das coisas públicas, com todos os princípios da administração como legalidade, economicidade, impessoalidade, moralidade entre outras exigências legais e morais.

O fato é que torcemos muito para que Piracicaba assumisse um protagonismo regional, e até estadual e nacional, como sede da Região Metropolitana, sendo exemplo inspirador para municípios menores, do mesmo porte e até maiores que ela. Expectativas foram geradas, mas, infelizmente, até então não alcançadas.

Não se trata aqui de pessoalizar uma crítica, mas apontar algo que nos parece evidente. Pelo menos a nós que caminhamos nas ruas, conversamos com os cidadãos com olhos nos olhos. Faltaram ouvidos. Falou disposição de investir tempo em ouvir as dores das pessoas e para elas pensar soluções. E faltou planejamento para aproveitar todos os quatro anos para fazer de alguma forma, diferente que fosse, o dever de casa.

Piracicaba merece muito mais empenho do que temos visto e administrar maia de 400 mil habitantes, sabemos, não é tarefa fácil. Exige parceria, exige paciência e exige humildade para um outro ouvir, o ouvir das entidades constituídas, das associações de empresários e trabalhadores, todos ávidos por contribuírem com ideias e conselhos, com companheirismo e dedicação.

Que possamos encontrar e testemunhar nos parcos meses futuros boas notícias, lembrando que o processo eleitoral de 2024 já está em campo como cruel e ardido tempero deste caldo.

O desejo que move nosso trabalho diário é o de avanços, jamais de retrocesso. E que haja tempo para recuperamos, ao menos, a crença de que nossa cidade se projete rapidamente a ponto de retornar aos seus cidadãos a realização de sonhos e projetos baseados na melhoria da sua qualidade de vida. Seja para qual condição ou classe social for.

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