
Saiba como amenizar arranhaduras nos móveis e quais são os cuidados necessários com as unhas
Os gatos têm costumes que fazem parte da sua própria natureza, e arranhar é um deles. Por meio da arranhadura, os pets marcam o território de forma visual e olfativa. Eles deixam o seu cheiro nos lugares com as substâncias liberadas pelas glândulas localizadas entre as “almofadinhas” das patas. Essa atividade é considerada prazerosa e relaxante e também é uma forma que eles têm de afiar as unhas, segundo a médica veterinária Juliana Andrade.
Contudo, se o seu felino começar a arranhar diferentes móveis com frequência, a médica veterinária Ana Beatriz Carradore Soléo alerta que isso pode ser um sinal de estresse, ansiedade e falta de estímulos. Pensando nisso, é necessário permitir que o pet arranhe diferentes brinquedos e não se sinta ocioso dentro de casa, o que é chamado de “gatificação”.
Uma dica para ser certeiro na instalação das “gatificações” é: fique de olho em qual lugar o pet elegeu como favorito para arranhar e, depois, coloque o arranhador neste espaço ou próximo, explica Juliana. Lembre-se de recompensá-lo com um petisco quando ele afiar as unhas no lugar certo.
Mas, afinal, quais são os critérios para escolher um bom arranhador vertical? Valéria Zukauskas, bióloga comportamentalista e consultora em comportamento de felinos domésticos, esclarece que eles precisam ter, no mínimo, 1 metro de comprimento e uma base sólida, para que o objeto não se mova enquanto o gato brinca. “Com relação ao material, é preciso testar de acordo com cada pet, mas a grande maioria dos gatos prefere o sisal e, às vezes, o papelão”, completa.
Depois de planejar o espaço do gato de forma consciente, a fim de diminuir os arranhões em locais indevidos, é preciso atentar-se diante das arranhaduras que são feitas, sem querer, no tutor. Como os gatos possuem unhas afiadas, eles podem perfurar a pele do humano na hora de deitar no colo ou nos momentos das brincadeiras cotidianas.
De acordo com Ana Beatriz, existe a doença da arranhadura do gato, que é causada pela bactéria Bartonella henselae. Ela é transmitida para os tutores por meio de arranhões e mordidas, principalmente, dos filhotes. Já o contágio entre os felinos ocorre através da picada de pulgas.
“Essa doença é assintomática para os gatos e, uma vez infectados, não tem como curá-los de forma permanente. Portanto, cuide do seu pet para que ele esteja sempre livre de pulgas e evite que ele tenha contato com felinos desconhecidos que possam transmitir este ectoparasita para ele”, afirma Juliana. Agora, para prevenir a infecção nos tutores, é necessário cortar as unhas dos pequenos a cada duas ou três semanas, observando sempre a necessidade que o animal apresenta. O corte deve ser realizado com delicadeza, para não lesionar a região.
Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br
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