
Especialistas explicam em que contexto e como oferecer o líquido para o animal; saiba como preparar
Muitos cachorros sofrem com a desidratação especialmente durante as altas temperaturas ou em casos de doenças infecciosas, inflamatórias, alterações renais e problemas endócrinos, segundo explica o veterinário Daniel Cooper. O soro caseiro pode ser uma alternativa para amenizar esse cenário.
Essa substância é indicada sempre que houver perda de líquido ou até mesmo de sangue, como no caso das infecções intestinais, segundo o médico-veterinário. “Sempre que um animal tem uma diarreia líquida, diarreia com sangue ou excesso de vômito, em que ele perde muito suco gastrointestinal, o soro caseiro é bem-vindo”, explica.
O profissional alerta para a contraindicação no caso dos pets cardiopatas, que só devem receber soro sob supervisão de um especialista. A veterinária Lívia Romeiro elaborou uma receita simples para os tutores fazerem em casa. Confira:
1 litro de água mineral;
3 colheres de sopa
de açúcar;
1 colher de chá de sal;
½ colher de chá de bicarbonato de sódio;
Suco feito com metade de um limão.
Modo de preparo
Primeiro, coloque a água mineral para ferver e, assim que começar a borbulhar, desligue o fogo e despeje todo o líquido em um recipiente que não seja de plástico. Depois, adicione todos os ingredientes e, com a ajuda de uma colher, misture tudo. Esse soro poderá ser conservado por até 24 horas.
Além disso, a especialista revela que existe uma quantidade ideal a ser ministrada, que pode variar de acordo com a idade e o peso do cachorro. “Em filhotes, o recomendado é oferecer apenas 3 colheres de sopa. Para os animais com até 2,5 kg, pode ser oferecido de 4 a 5 colheres. Já os cães com até 5 kg, podem ser administrados de 6 a 7 colheres. Por fim, para os pets acima desse peso, o ideal é oferecer ¼ de xícara para cada 2,5 kg do peso corporal”, completa Lívia.
Para casos de desidratação leve, é só oferecer o soro caseiro para cachorro direto na tigela. Se ele se negar a beber, use uma colher ou seringa plástica sem agulha para administrar a solução. O ideal é que seja servido em temperatura ambiente. “Caso os sintomas de desidratação persistam ou em situações graves, é importante que o tutor leve o cão o quanto antes ao veterinário. Lembre-se que, em épocas de calor, é necessário aumentar a oferta de água para o cachorro”, enfatiza.
A desidratação é uma condição médica com potencial grave que nem sempre tem a sede como sintoma. Os sinais característicos podem incluir perda rápida de peso, falta de apetite, fraqueza, gengiva seca e pegajosa, baba excessiva, olhos “fundos”, frequência cardíaca elevada e respiração ofegante. Uma maneira de saber se o seu cãozinho está desidratado é levantar gentilmente um pouco da pele na parte de trás do pescoço. Se cair rapidamente, o animal está bem e não necessita do soro para cachorro ou de ajuda médica; se ficar em pé, como uma “barraca”, tudo indica que o animal está com um nível baixo
de hidratação.
Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br
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