Como nasceu a proposta da economia de baixo carbono para a RMP

Por Gilmar Rotta | 20/01/2022 | Tempo de leitura: 2 min

Foi amplamente noticiado que no último dia 13, em nome do Parlamento Metropolitano de Piracicaba (por mim presidido), entreguei à representante da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional uma proposta para fazer da Região Metropolitana de Piracicaba o Polo Paulista de Fomento a Economia de Baixo Carbono.
Tive a honra de conduzir um estudo que nasceu do exercício de aprimorar a capacidade de ouvir para buscar melhorias.
Nas reuniões periódicas internas sobre os temas metropolitanos apurei com minha equipe uma predominância das limitações em vislumbrar oportunidades de desenvolvimento econômico, sobretudo capazes de estimular geração de emprego e renda. Contra eventual saturação do atual modelo, entendemos a necessidade de buscar algum tipo de solução a ser ao menos pleiteada, em benefício de 1,5 milhão de habitantes.
Coordenando esforços, orientei o corpo técnico do Parlamento a apresentar alternativas realistas e justificáveis, que valorizassem nossas características regionais e que contemplassem inovações na análise de potencialidades.
Reconhecemos justificativa através do diagnóstico buscado de que, de acordo com a Pesquisa PIESP (da Fundação SEADE), a participação dos anúncios de investimentos privados no conjunto dos municípios que compõem a RMP caiu, de 2,65% sobre o total no Estado de São Paulo, no ano de 2013, para apenas 0,08% em 2020 (dado completo disponível de quando começamos a estudar). Como comparamos ao Estado todo, não apenas às áreas vizinhas, grandes investimentos em regiões como Lençóis Paulista, Baixada Santista e a própria capital contribuíram para a redução de nosso ímpeto.
Também apuramos que, apesar da configuração metropolitana, as áreas urbanas de nossos municípios estão mais isoladas quando comparamos a outras RMs, que podem se beneficiar de maior povoação de suas áreas para atrair investimentos que demandem massa de consumo.
Pelo método de trabalho adotado pela equipe, elencamos o que temos de bom a oferecer e a explorar, e a lista, orgulhosamente, não foi pequena.
Dentre tantos aspectos, ganhou destaque a localização estratégica, bem no centro do importante eixo comercial São Paulo / Ribeirão Preto, cortada por malha rodoviária de alta qualidade. Aliás, identificamos que 4 das 10 melhores rodovias do país passam pela nossa Região.
Mas também pudemos valorizar outros importantes atrativos, como disponibilidade de terras, recursos hídricos, excelência acadêmica e experiência em biotecnologia.
Para atender à orientação da inovação, em equipe percebemos que reuníamos atrativos interessantes (pelo conjunto) ao novo conceito de “Economia de Baixo Carbono”, o modelo capaz de conciliar desenvolvimento com modos de produção que racionalizam consumo de matérias primas e emissão de resíduos.
Submetendo nosso ensaio a autocrítica, concluímos que o pleito não se configurava em privilégio, já que o Governo paulista tem um precedente de oferecer subsídios de crédito aos investimentos no chamado “Vale do Ribeira”. A evolução social registrada pela região beneficiada, além de nítida, pode estar conectada ao incentivo recebido.
Após tantos cuidados e revisões, levamos o trabalho ao plenário do Parlamento Metropolitano para apreciação e melhorias. Aí nasceu a proposta apresentada, de autoria do Parlamento Metropolitano, que comunga das buscas de melhorias à importante questão do desenvolvimento regional.

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