
Valor subiu dia 04; usuários com créditos adquiridos até dia 3 de janeiro pagam o valor antigo por mais 30 dias
Levantamento feito pelo Jornal de Piracicaba neste mês de janeiro aponta que a tarifa do transporte público municipal no valor de R$5,60, válida a partir de ontem (04) está entre as mais caras do País e acima dos valores praticados nas capitais.
A tarifa mais cara entre as metrópoles é a de Brasília (DF), que custa R$ 5,50. Entretanto, a população pode realizar até três viagens, no período de 2 horas, sem desembolsar nada mais por isso. A capital da política nacional ainda é a única do País que oferece 100% de gratuidade do transporte público para todos os estudantes e pessoas com deficiência. O benefício corresponde a 33% de todas as viagens realizadas.
Desde 1° de julho de 2021, a segunda tarifa mais alta entre as capitais, é a de Porto Alegre (RS), que custa R$4,80. O Comtu (Conselho Municipal de Transporte Urbano) havia sugerido o valor de R$ 5,17 calculado para cobrir todo o custo do transporte de ônibus de POA, exclusivamente com o arrecadado dos usuários, mas isso foi revisto pelo Legislativo.
Já as capitais Curitiba (PR), Boa Vista (RR) e Florianópolis (SC) permaneceram com a tarifa de R$4,50. Em seguida estão as cidades de Salvador (BA) - R$ 4,40 e São Paulo (SP). A capital paulista decidiu manter, pelo menos até fevereiro este valor. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) quer aguardar o projeto de subsídio aos transportes públicos ser pautado no Senado Federal.
O mesmo valor de R$4,50 era o da capital do estado de Minas Gerais, Belo Horizonte. Porém, um acordo reduziu em R$0,20 o preço no último mês de dezembro, o que resultou no valor de R$4,30.
Na mesma faixa estão Goiânia (GO) - R$ 4,30, Campo Grande (MS) - R$ 4,20, João Pessoa (PB) - R$ 4,15, Cuiabá (MT)-R$ 4,10, Rio de Janeiro (RJ) - R$ 4,05, Porto Velho (RO) - R$ 4,05, Vitória (ES) - R$ 4,00, Teresina (PI) - R$ 4,00, Natal (RN) - R$ 4,00 e Aracaju (SE) - R$ 4,00.
Entre as capitais do País as tarifas mais baratas são de Palmas (TO) - R$ 3,85, Manaus (AM) - R$ 3,80, Recife (PE) - R$3,75, Macapá (AP) - R$ 3,70, São Luís (MA) - R$ 3,70, Fortaleza (CE) - R$ 3,60, Belém (PA) - R$ 3,60, Rio Branco (AC) - R$3,50 e Maceió (AL) - R$ 3,35.
RMP
Na RMP (Região Metropolitana de Piracicaba) a tarifa de Piracicaba no valor de R$5,60 continua sendo a mais alta. Em Limeira é cobrado R$4,50 no pagamento em dinheiro e R$ 4 com bilhete eletrônico. Os estudantes pagam meia tarifa, R$ 2,25. O valor cai pela metade na cidade de São Pedro, onde se cobra R$2,50 pela passagem.
Em Rio das Pedras, para o usuário que não tem o cartão – o valor é de R$ 3,90, sendo que R$ 0,45 é do motorista, que é o responsável pela venda do bilhete nos ônibus. Utilizando o cartão (InoveCard), o passageiro paga o valor da tarifa social, R$ 1,70 mais barato que na venda a bordo.
O valor da tarifa em Rio Claro também é de R$ 3,90.
INTERIOR DE SÃO PAULO
Campinas reajustou o valor da tarifa anteontem (03), que será cobrado em seis formas diferentes: Bilhete Único Comum: R$ 5,15; Vale Transporte: R$: 5,60; Bilhete Único Escolar R$ 2,06; Bilhete Único Universitário: R$ 5,58; Segunda Integração: R$ 0,45 e Linha Circular/Centro: R$ 3,73.
JUSTIFICATIVA
Segundo a Prefeitura de Piracicaba, a justificativa para o reajuste é a alta no preço dos itens que compõem a tarifa nos últimos dois anos. “Após levantamento sobre o impacto financeiro sofrido no transporte público em meio à alta nos preços dos insumos, a Prefeitura de Piracicaba repassará ao usuário o menor reajuste da tarifa do transporte coletivo, considerando apenas a variação da inflação do acumulado dos últimos dois anos”, diz o comunicado oficial.
“Aplicamos o menor índice de correção possível, para definir um valor no qual o sistema consiga se sustentar”, complementa a nota.
A responsável pela Semuttran (secretaria de trânsito), Jane Franco Oliveira justifica, “lembrando que a prefeitura continuará subsidiando o transporte coletivo e o custeio dos descontos e gratuidades, como 100% para idosos 60+, para pessoas com deficiência e para aposentados por invalidez e 50% para estudantes”.
Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br
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