No último sábado, prefeitos, presidentes de Câmaras, vice-governador do Estado, deputados estaduais e autoridades locais e regionais, compuseram um forte grupo política para a apresentação do projeto da nova regionalização do estado de São Paulo e que beneficiará diretamente a região Metropolitana Piracicaba, organização administrativa do governo que, entre outras questões, representará mais recursos, gestão direta das unidades do governo na nossa região e, principalmente, a retomada de Piracicaba como grande liderança econômica, política e administrativa do Estado, consequentemente, do país.
Como trouxe o estado da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Piracicaba é o primeiro caso no estado com potencial de migração do modelo de Aglomeração Urbana para uma Região Metropolitana, possibilitando a definição de regiões autossustentáveis. Para o governo estadual, o principal desafio é o equilíbrio econômico-financeiro dos municípios e um arranjo aos moldes de uma região metropolitana contribui para isso.
Principal preocupação de todas as gestões públicas, consequências econômicas que todo país tem passado devido à pandemia justifica o objetivo central do governo do Estado na otimização dos recursos públicos com a frase. É preciso, como disse o vice-governador Rodrigo Garcia, “fazer mais com menos” é o de ter uma visão “pragmática e prática”, aliada a muito planejamento.
A migração de Aglomerado Urbano para Região Metropolitana representará um salto de desenvolvimento, principalmente quando vencermos o novo coronavírus. Serão necessários novos incentivos e recursos reais para que a região possa crescer e, com a instituição da Região Metropolitana, que pode acontecer no segundo semestre quando o projeto do deputado Roberto Morais deve ir a pauta, torna-se ainda mais importante a atuação do Praup (Parlamento Regional do Aglomerado Urbano de Piracicaba).
A região Metropolitana, a grosso modo, atuando como uma grande gestão administrativa regional, uma grande prefeitura, e o Parlamento sendo o interlocutor das demandas a serem levadas ao Estado, num trabalho com sinergia e objetivos comuns, só poderá ter como resultados o impulsionamento do desenvolvimento econômico regional, tendo Piracicaba como força motriz deste avanço para Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto, Ipeúna, Iracemápolis, Leme, Limeira, Mombuca, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro, além de Pirassununga e Santa Cruz da Conceição, que solicitaram a integração ao grupo.
Em estudo encomendado à Fundação Seade, a Secretaria de Desenvolvimento constatou que a população estimada dos 25 municípios da RMP é de 1.529.737 habitantes, que possuem grau de urbanização de 96,4% e PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 76,82 bilhões. Desde a criação da Aglomeração Urbana de Piracicaba, em 2012, houve um crescimento significativo da riqueza, demonstrada pela alta no PIB. E a Região Metropolitana tende a potencializar este crescimento. E é preciso que esta riqueza seja também dividida entre as populações destas cidades, de forma a garantir esta melhoria de qualidade de vida a todos.
É hora de empenho e união, sem vaidades, com aprofundamento quanto ao que essa transformação significa para que todos, rumo ao mesmo objetivo, participem deste momento de em que Piracicaba não se eximirá de assumir as responsabilidades, no campo administrativo, político e parlamentar.
Imagem: freepik
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