Aposentadoria, 3ª idade e Saúde Mental

Por Ana Pascoalete |
| Tempo de leitura: 3 min

A pandemia, a crise econômica e a reforma da previdência geraram e ainda geram reflexões polêmicas para as pessoas que planejam aposentar-se e a tarefa de organizar-se tem um desfecho fundamental para ter uma vida financeira adequada na terceira idade. É necessário que o trabalhador saiba quando será tempo de cumprir os requisitos necessários para poder solicitar a aposentadoria.
Mediante os índices altos de desemprego no país e com o cessar do auxílio emergencial, aumentando a ansiedade e incertezas na vida dos indivíduos a possibilidade de antecipar a aposentadoria vem sendo considerada uma adequada estratégia para muitos trabalhadores manterem as contas pagas diminuindo os impactos emocionais que a inadimplência possam estimular, mas para isso se faz necessário a conferência de extrato de contribuição de toda a vida laboral para ponderar a real possibilidade em entrar com a solicitação.

Uma problemática que vale ser abordada é que a aposentadoria pode ficar abaixo da renda ativa que o trabalhador receba mensalmente, então ao planejar aposentar-se é necessário considerar todos os gastos básicos familiares e realizar ajustes para que a nova renda seja suficiente.
Desde do início da pandemia em 2020 o trabalhador pode realizar o pedido da aposentadoria pela internet, sem sair de casa, caso não apresente ainda o tempo necessário, o INSS tem analisado a possibilidade de aplicar a transição mais vantajosa, pautando–se na reforma da previdência. Outra estratégia que o INSS adotou no ano passado foi a suspensão da exigência da prova de vida, que os pensionistas são submetidos anualmente, apresentando-se nas agências para comprovarem que estão vivos, ainda vale ressaltar que o INSS se manteve aceitando atestados médicos, em invés de perícia realizado pelo instituto para conceder o beneficio do auxílio-doença. Claro que vem ocorrendo o aumento significativo de solicitações de benefícios por incapacidade, podendo aumentar a demora na análise da documentação dos segurados. Dados estatísticos já apontam para um aumento de pedidos de afastamento por transtorno mental nesse período de pandemia, a depressão dispara inicialmente nesses pedidos, como doença incapacitante que leva a persistência da sensação de tristeza e perda de interesses, nos casos mais graves acarreta uma ampla gama de problemas emocionais e físicos, como incapacidades diversas para execução de tarefas, níveis de energia reduzidos e pensamentos suicidas.
Quando há a constatação da incapacidade, o individuo obterá o beneficio previdenciário. Nesse período uma notícia positiva é que 86%dos aposentados do plano de assistência de Saúde (PAS) da Fapes (instituição privada de ensino e pesquisa) aceitaram apoio psicológico e apresentaram uma boa saúde mental nesse período, o trabalho dos psicólogos visam em acolher e identificar gatilhos psicológicos e tratá–los, dessa forma evitando os sintomas físicos e emocionais provocados pelo longo período de confinamento. Vale ainda evidenciar a grande preocupação das autoridades e especialistas na área da saúde mental, pois a covid-19 têm promovido grandes impactos na população, podendo caminhar para o colapso do sistema de saúde mental, atingindo inclusive, a economia brasileira nos próximos anos.
A preocupação já existia antes da pandemia, principalmente relacionado aos acessos dos atendimentos psicológicos e psiquiátricos, agora parte da população que não apresentava problemas passaram a apresentar, temos esse aumento de casos de transtornos mentais e com a vacinação dos mais idosos, essa população está procurando por ajuda nos serviços de saúde pública e privada, ainda evidenciando o aumento de consumo de substância como álcool e drogas.
Muito preocupante, cabendo aos familiares que identificarem tais dificuldades nos entes mais próximos, auxiliarem com amparo e ajuda na busca por tratamento.

Comentários

Comentários