“E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito, e o bezerro e o filhote do leão e o da ovelha viverão juntos; um menino os guiará… porque a Terra se encherá de conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar. E as nações converterão as suas espadas em relhas de arados, e as lanças em foices; não levantará a espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear” (Isaías)
Segundo Rousseau, o único lugar digno de ser habitado neste mundo, tal o vazio das coisas humanas, é o país das quimeras, ou seja, do que não existe.
Com certeza, é por isso que a história da humanidade está pontilhada de sonhadores. São eles que costumam dar alento aos desesperados e faze-los sonhar que,assim como, de um ovo sai um belo pássaro e de uma mínima semente, imensa árvore, de uma utopia pode medrar a desejada felicidade.
Infelizmente, a realidade costuma desenganar os idealistas. A geração do profeta Isaías, por exemplo, o recompensou de sua belíssima visão, cortando-o em dois com uma serra. No entanto, saciar nossa imaginação com fantásticas quimeras, sempre foi um hábito de muitos em todas as épocas.
Os antigos gregos, não obstante terem produzido admiráveis filósofos, escultores, matemáticos e estadistas, espantam-nos com sua mitologia povoada de heróis, semideuses e deuses. Embora seja-nos apresentada em interessantes historietas, são quimeras admiradas por seguidas gerações.
A importância que davam às belíssimas, mas inconsistentes fábulas era tal, que zombar delas, tornava o abusado digno de condenação à pena máxima.
Por muitas vezes fui questionado por alunos que debruçavam sobre livros e procuravam entende-los a fundo
“Professor, como os gregos, que produziram os alicerces da filosofia, além de poetas teatrólogos e estrategistas, podiam reverenciar e acreditas em sua mitologia?”
Respondia-lhes – Não se atenham apenas à Grécia, analisem o conjunto.
O que dizer dos egípcios, autores de obras fantásticas de arquitetura e da prática da agricultura em escala, adorarem divindades antropozoomórficas?
E os hindus, chineses, mulçumanos e cristãos, como justificar inúmeras de suas práticas, sendo a mais perversa de todas, matarem em nome de Deus?
Fugindo do campo religioso e movendo-nos para tempos atuais, defrontamo-nos com os heróis modernos. Há uma incontável galeria: Super-homem, Batmam, Tarzan, Homem Aranha, Exterminador do Futuro, esse, máquina maligna em sua primeira fase e, na segunda, um guardião monossilábico, durão e inimigo do mal.
Em todos eles encontramos o dilema maniqueísta, herança de Zoroastro, a eterna luta do Bem contra o Mal.
Atualmente, com os efeitos especiais e com o imenso acervo de idéias herdadas do passado, a ficção cientifica moderna oferece-nos uma plêiade de inovadores proféticos: Isaac Asimov; Ray Bradbury e Arthur C. Clarke falecido recentemente que, com “Uma Odisséia no Espaço”, filmado por Stanley Kubrick, causam-nos a mesma magia dos antigos ficcionistas, com suas fábulas, heróis, semideuses e deuses.
Os gregos arquitetaram a morada de seus deuses no Olimpo. Os atuais ficcionistas nos assombram com mundos plausíveis.
As especulações que nos são apresentadas atemorizam-nos por nossa fragilidade diante do poder incomensurável da tecnologia e da possibilidade da vinda de alienígenas (tese racionalmente impossível) melhores equipados e mais poderosos.
Ao ler essas obras ou assistir aos filmes, ficamos completamente sem balizamentos pra vivermos no mundo que habitamos. Embora sintamo-nos aterrorizados, somos engolfados pela magia da avançada tecnologia apresentada.
Nesses momento Todos se preocupam com o Covid-19, mas há quem, no lugar de se aliarem com quem quer que seja, para paralisar o avanço do Covid-19 a Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Nacional sanitária, afirma que deve demorar 60 dias para aprovar qualquer vacina. O Reino Unido já iniciou a vacinação.
Isaias vai demorar para sua mensagem ser concretizada, se é que século vai ser concretizada.