AHA identifica mais 20 cartunistas piracicabanos

Por Rosângela Camolese | 17/09/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Em um dos editais do Fundo de Apoio à Cultura - FAC deste ano, a proposta feita pela equipe da AHA, sob a presidência do jornalista Edson Rontani Jr., foi um dos projetos vencedores na área de literatura com o tema “Piracartum 2, homenagem a 20 cartunistas piracicabanos nos 47 anos do Salão de Humor de Piracicaba”.

Desta vez, o grupo relembrou vários momentos importantes da evolução do humor gráfico em nossa cidade, a começar por cartuns publicados aqui mesmo no Jornal de Piracicaba, nos anos 1920. Depois dele, com o surgimento de outros periódicos que ajudaram grandemente a expansão deste campo, como o semanário Aldeia, liderado por Alceu Righeto e o Jornal do Povo Piracicabano, do ex prefeito João Herrmann.

Igualmente recuperados neste novo livro, estes jornais revelaram vários cartunistas como Renato Cosentino, Chico Coelho, Rudinei Bassete e Fausto Longo, Armando Kanazawa e José Antonio Mariano, entre outros. Do Jornal do Povo vieram artistas como Edson Ronan, Mauro Ronan, Fernando Bassete, Lourival Bassete, Gilson Hipólito e Emilio Moretti. Do velho e combativo O Diário, os pesquisadores recuperaram artistas como Roberto Antonio Cera, que inclusive participou do I Salão em 1974 e Gilberto Martim, o Giba, hoje empresário na cidade de Leme.

Foram recuperados também no presente volume, a ser lançado nos próximos dias, passagens importantes de duas mulheres, inseridas daqui por diante, de forma definitiva, no rol do Salão de Humor, como Marisa Hypólito e Marilu Trevisan, com suas xilogravuras, esculturas e cartuns.

E, por falar nas esculturas, o livro traz também um dos grandes vencedores do humor em formato de esculturas em nossa cidade, o professor universitário Chico Crócomo. De todos, certamente, os mais antigos e paradigmáticos são Sálvio Frota e Telmo Otero. Sálvio ficava na praça José Bonifácio no final dos anos 70, entre a Brasserie e outros botecos, a caricaturar as figuras que lhes aparecesse na frente. E Telmo, depois presidente da nossa Acipi, foi colaborador com temas ecológicos em O Diário.

Fazem parte do rol de artistas também o caricaturista Marco Cavallari, que ilustrou o jornal da Vila Rezende nos anos 70; o quadrinista Gus Centini e o mais contemporâneo de todos, João Ariozo, autor do bem sucedido, Peixe Pichado, que espalha seu humor crítico nas redes sociais de Piracicaba e do país.

Trata-se de mais um capítulo importante escrito e deixado para sempre, por meio de livro e de uma exposição digital comandada igualmente pelo pessoal da AHA e com apoio de Rodrigo Bernardes de Toledo, que, em tempos de pandemia, faz deste livro, uma exposição digital belíssima a ser compartilhada em breve pela Associação, através do youtube com os piracicabanos que tanto apreciam o nosso Salão, como aos artistas nacionais e internacionais do humor gráfico.

Minha gratidão a AHA por sua colaboração, sempre competente, mesmo em dias de tantas dificuldades, levando o que há de mais precioso no humor gráfico para todo o território nacional.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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