Piracicaba a caminho Triste estar sem você de uma “Dinastia Democrática”

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

No que resolvemos batizar de “dinastia democrática”, onde os mandantes governamentais não deixam para os familiares a sua herança de governo, mas tentam deixar nas próprias mãos ou na dos elementos partidários onde fica sempre na retaguarda como coluna principal exercendo o poder indiretamente.

Assim a frase “No time que está ganhando não se mexe” passa a ter uma eloquência forte, mas não absoluta, pois dentro de um espaço de tempo razoável a frase “Já deu o que tinha que dar”, vem com um som surdo de exigência de renovação.

A vontade de renovação faz parte do espírito humano, e até o que é bom de mais passa a ser enjoativo.

Para isso basta imaginar, qualquer ser humano banqueteando todos os dias, ou com o contraditório comendo um sanduíche de mortadela todos os dias para matar a fome, passa a ser cansativo.

Com todos os aplausos aos times que estão dando certo, pois ao ser bons arrumadores da casa devem se considerar satisfeitos caso não consigam mais arejar o sistema administrativo, pois daí pra frente começa a ser enfadonho pela mesmice dos seus modos de operar, tirando a oportunidade à renovação. Caso contrário quando surge um desejo da população e vindo de encontro a alguém que possa oferecer esse desejo, é aceito em qualquer tempo.

Nas monarquias onde tudo era feito para que o poder não saísse do domínio familiar se espalhando para os amigos do rei a fim de se perpetuarem as vantagens do corporativismo tudo era válido. Nesse conceito a sombra da traição entre os parentes se apresentava como condutora das injustiças e se aliava ao alfanje da morte para amedrontar e anular o futuro do “poderoso seguinte” quando não apresentasse condições de comando. Era uma “briga de foice” como se diz popularmente.

Já na “dinastia democrática” notamos que a mesmice, com todas as coisas boas substituídas por resultados piores é aceita com tolerância por intervalos de tempos.

Viver onde tudo já foi resolvido e funciona direitinho pode trazer algumas situações, que atuando na população, leva seus elementos a não encontrarem mais o sentido da vida. Nesses locais notou-se que os índices de suicídios se elevam.

A primeira vista, o que dissemos é um paradoxo mas acontece.

Nunca vamos nos contentar com o estado das coisas como se apresentam, porque a necessidade de crescimento é uma constante econômica, para a sustentação do sistema.

No medidor de intensidade das reclamações humanas, só temos a esperança de que os mandantes tenham um senso de justiça mais apurado para direcionar os “erros de percurso” de uma forma a não repetir o que já se conhece, e com mais sensibilidade humana, transforme o viver mais fácil, porque assim a “dinastia democrática” poderia ser justificada prevalecendo o direito de continuidade por falta dos que deixaram de fazer o que deviam por comodidade ou conformismo. Neste caso vale a frase “deixar como está para ver como fica”.

Que a caravana se torne auto modificável no seu caminhar para os novos dias, puxada pelas forças fracas de propostas de outras fontes!

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