A Câmara e as atividades durante a pandemia

Por Gilmar Rotta | 18/06/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Ainda que muito já tenha sido dito e a imprensa, com o seu trabalho de acompanhamento dos serviços públicos já tenha esclarecido, é importante que, mais uma a oportunidade de levar à população como a Câmara tem funcionado e atuado neste período de pandemia não seja ser perdida.

Quando a Organização Mundial de Saúde declarou o Coronavírus como uma pandemia, nossas preocupações e esforços centraram-se em discutir algo que, como leigos, pouco compreendíamos. Para isso, tivemos as colaborações significativas de nossos parlamentares médicos que, prontamente, também buscaram as informações mais atualizadas possíveis, visto que, quase nada, ou muito pouco, se conhecia da variação do vírus que surgiu na China e espalhou-se pelo mundo.

Nossa maior preocupação foi justamente quanto ao número que mais nos trouxe satisfação em 2019, 47 mil pessoas passaram pelo parlamento piracicabano, participando de suas atividades e frequentando os gabinetes parlamentares. Um número tão comemorado e que, ao mesmo tempo, com a pandemia, tomou todos os nossos cuidados. Jamais imaginaríamos ser necessário regular esta frequência e, em nome da saúde de cidadãos e servidores, foi preciso.

O que mudou foi o formato de atuação da Câmara e não sua atuação e si. Servidores em atividades, seja de forma remota ou presencial, em casos inevitáveis. Vereadores se reinventando e continuando a atuação no sentido de buscar soluções às demandas apresentadas pela sociedade. Reuniões para deliberações de forma remota.

Nossos programas institucionais, também buscando novas formas de não reduzir a demanda de informações à população, foram readequados explorando principalmente as redes sociais. Intensificamos neste período a produção de materiais em vídeos com traduções em libras a fim de contribuir para que mais pessoas pudessem ter acesso às informações, principalmente quanto ao Coronavírus.

A ação inicial da Câmara de Vereadores, em destinar à Secretaria Municipal de Saúde mais de R$ 4 milhões do seu orçamento, que estavam previstos para restruturação física para o enquadramento nas exigências de acessibilidade e no projeto Câmara Inclusiva, controle de consumo e horas extras, foi o primeiro passo.

Com o novo formato de atuação, que reduziu diversos itens de consumo que ainda não se era possível prever na primeira transferência, uma comissão está avaliando e buscando projetar os próximos seis meses de atividades, ainda que não seja possível, neste momento, calcular quando se poderá assumir as atividades da forma que desejássemos.

Neste estudo, estamos somando todos os esforços, vereadores, servidores, diretores, Mesa Diretora, no sentido de, muito em breve, poder trazer à sociedade novas formas de a Casa se manter como parte das soluções que devem ser tomadas para minimizar os efeitos da pandemia na nossa cidade.

Até aqui, em nome do Legislativo, queremos nos solidarizar com cada uma faz famílias que perderam alguns dos seus. Diferente de outras situações nacionais que tomamos conhecimento pela mídia, as vidas que temos perdido não são por negligência, falta de vagas ou recursos, mas das impossibilidades que o vírus impõe de cura.

Que todo cidadão tenha consciência do seu papel em evitar que vidas sejam perdidas, ficando em casa, se possível e se prevenindo. Em breve, desejamos esta Casa cheia novamente, com as pessoas participando e continuando um Legislativo do qual se orgulha.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.