Em meio à pandemia, baile funk 'corre solto' no Bosques do Lenheiro

Por edicao_jp |
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Na madrugada da última sexta-feira (12) para sábado (13), os moradores do bairro Bosques do Lenheiro enfrentaram mais uma vez o barulho e a aglomeração do baile funk “10 do Mal”. Segundo relatos, há aproximadamente quatro meses a festa não reunia tantas pessoas e não fazia tanto barulho. Por isso, quem precisava trabalhar no dia seguinte não conseguiu dormir. Moradores pedem mais fiscalização para conter a aglomeração de pessoas também durante a pandemia da covid-19. O baile é realizado no decorrer da principal rua do bairro, a Pau Brasil.


Segundo uma moradora que preferiu não se identificar, o baile começou por volta das 23h na sexta-feira e terminou depois das 7h30 de sábado. Ela relata que chegou a ligar para a polícia, mas não sabe se as viaturas foram enviadas ao bairro, uma vez que a festa não foi interrompida. A moradora conta que o baile reúne pessoas de diversas cidades e é organizado pelas redes sociais.

“[É] moto acelerando a noite inteira, som alto, gritaria, briga, tumulto e você fica sem saber o que fazer, não consegue dormir”, relata. Ela lembra que a “10 do Mal”, nas últimas semanas, estava com menos pessoas. “As outras não deu tudo isso de gente, fechava dois, três, quarteirões. Mas essa daí foi a pior que teve, tem uns quatro meses que não tinha uma festa igual a essa”, complementa.

Questionada, a Guarda Civil informou que “vai intensificar as ações para prevenir eventos como o que ocorreu no final de semana [no bairro], evitando a perturbação do sossego público e aglomerações neste período de pandemia”, disse em nota.

Segundo o capitão Donizetti Gomes, do 10o BPM/I5 (Batalhão da Polícia Militar do Interior), houve policiamento na entrada do Bosques do Lenheiro durante o final de semana no início da noite, mas a PM foi surpreendida com o tamanho da aglomeração que se deu depois. As viaturas se deslocaram para outras ocorrências com urgência na cidade.

Gomes explica que a PM visa atuar na prevenção desses eventos para que não ocorra confronto e feridos na dispersão. “[…] Não teve como manter aquele policiamento naquele local. Depois que tem aglomeração, optamos por não atuar, porque se a gente atuar na quantidade de gente que estava no local, tinha uma possibilidade muito grande de ter gente ferida”, explica.

Andressa Mota

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