Quem poderia imaginar que depois de quase dois anos apelando para que o cidadão participasse ativamente das atividades da Câmara de Vereadores, precisássemos orientar que, neste momento tão delicado, se evite a presença física nas nossas dependências? O coronavírus não é mais uma ameaça, é uma realidade que exige de todos os setores da sociedade providências extremas e que, ao mesmo tempo, não causem pânico na sociedade.

Desde que as notícias internacionais vindas da Ásia e Europa tornaram-se muito graves, internamente começamos a tomar providências no sentido de criar barreiras para a propagação do vírus dentro das dependências da Casa. Poderíamos, enquanto Mesa Diretora, determinar o fechamento imediato das atividades, mas desde o princípio entendemos o papel fundamental e colaborativo desta Casa na crise que também chega a Piracicaba.

As primeiras ações centraram em repetir outros momentos em que a casa lidou com propagações de vírus, como a H1N1. Intensificamos a aquisição de produtos como álcool gel, produtos de limpeza e sabão para os banheiros, a fim de que os públicos interno e externo pudessem fazer com mais frequência suas assepsias. Intensificamos também as informações internas para que todos tomassem consciência da importância da prevenção.

Externamente, estamos integrando o comitê de crise da Prefeitura de Piracicaba, acompanhando informações em tempo real, a fim de que possamos também ser um ponto de divulgação dos comunicados oficiais. Além de informar, esta ação é contra a informação equivocada porque, infelizmente, somos cometidos pelas fakes news até mesmo num momento em que é preciso que todos sejam, além de solidários, humanos. Propagar fake news é um ato extremo de falta de humanidade.

Por fim, diante da responsabilidade de manter ativo o processo legislativo, tomamos uma série de ações que visam desestimular a presença de pessoas na Casa, mais uma vez, tanto do público externo como o interno.

Mapeamos servidores que ofereceriam riscos aos demais, que tiveram contatos com a possibilidade de contrair o vírus, idosos, pessoas com doenças que estão na lista do grupo de riscos. Nos setores possíveis, estamos atuando em home office. Dispensamos todos os estagiários que atuam na Casa, entendendo que, pela força da sua saúde, são mais suscetíveis a se tornarem portadores do vírus e transmissores da doença, sem até que percebam estarem infectados.