Esse é o assunto da semana. A Eletrobras já vem anunciando há algum tempo a sua privatização e isso abre espaço para algumas coisas, em especial, para os Fundos Mútuos de Privatização, ou FMPs.
Os Fundos Mútuos de Privatização são fundos especiais, pois são constituídos com recursos advindos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Por meio desses fundos a pessoa que possui recursos no FGTS pode direcionar parte deste capital para investir em ações de empresas estatais que estejam em processo de privatização. A bola da vez é a Eletrobras. Os recursos investidos via FMP também podem ser direcionados a ações detidas pela própria União, inclusive.
Uma vez que a pessoa opte por aderir ao FMP Eletrobras (o limite para isso é de 50% do FGTS), deverá permanecer com os recursos ali investidos pelo prazo de 12 meses, no mínimo, antes que este capital retorne à conta do FGTS. Após 6 meses você pode optar por migrar esse recurso para o FMP Carteira Livre, onde no mínimo 51% serão investidos em ações (qualquer ação do Ibovespa) e o restante pode ser em Renda Fixa.
Essa semana várias pessoas vieram me perguntar “se vale a pena”. A resposta mais razoável que eu tenho é: depende.
Depende da distribuição do seu patrimônio e do seu perfil de risco. O FGTS funciona, basicamente, como Renda Fixa. Tem uma correção anual em torno de 3%+TR (Taxa Referencial, que varia diariamente) ao ano. Não é muita coisa, mas devemos lembrar que ele se faz presente e necessário em casos de stress e preocupação, como uma demissão, por exemplo.
Ao aderir ao FMP Eletrobras, o recurso destinado deixa de se caracterizar enquanto Renda Fixa e passa a ser contabilizado como Renda Variável, pois o objeto de investimento deste FMP será Ações de Eletrobras. Consequentemente, o retorno ao ano não pode ser previsto e a volatilidade fará parte do jogo.