Filipe Rosa

O preço do tempo

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia |
| Tempo de leitura: 2 min
O preço do tempo
O preço do tempo

Exatamente como está no título. Utilizei a palavra “preço” não por acaso. Claro que o tempo tem “valor”, no entanto a ideia hoje é pensar um pouco quanto nos custa ter ou não ter tempo, tanto no presente quanto no futuro.

É comum quando estou tratando do tema “poupar” com meus alunos o seguinte questionamento: “por quê eu devo poupar dinheiro e deixar de fazer algo ou comer algo ou simplesmente gastar se eu não sei se estarei vivo amanhã?”. Mesmo que não verbalizem, suas linhas de expressão deixam nítido quando o pensam.

Esse raciocínio é muito mais antigo do que pensamos e, talvez, inerente à existência humana. Na Grécia antiga essa filosofia era chamada de Hedonismo. Essa filosofia colocava o prazer no centro da razão existencial humana, a satisfação das necessidades como a maior prioridade. No entanto, ao colocar o prazer no centro de tudo e buscar sua satisfação sob todas as consequências, você está colocando em risco a capacidade do seu “eu do futuro” atingir este mesmo grau de prazer. Não é algo sustentável ao longo do tempo.

Saindo um pouco da nossa Grécia antiga e olhando um pouco mais para a contemporaneidade, ao aluno que me pergunta “por quê eu devo poupar dinheiro se eu não sei se estarei vivo amanhã?”, eu costumo responder com uma outra pergunta: “e se você estiver?”.

Li recentemente em um livro, que precisamos ter um plano para quando o plano não sair de acordo com o plano. Em outras palavras, precisamos nos preparar para imprevistos e ter margem de segurança. Estar amparado em um cenário caótico e imprevisível traz algo inestimável nessas situações: tranquilidade e tempo para tomar decisões.

Por isso a pergunta no início do texto: qual o “preço” do tempo? Depende. Depende do quanto você está disposto a se planejar hoje. O preço do seu tempo no futuro pode ser muito caro ou muito barato. Depende.

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