Filipe Rosa

Vieses na tomada de uma decisão financeira

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia |
| Tempo de leitura: 2 min

Já parou para pensar o quão difícil é tomar uma decisão realmente isenta? Isenta de medo, isenta de euforia? Isenta de ganância, isenta de esperança? Isenta de otimismo, isenta de pessimismo? Nossos sentimentos e desejos estarão sempre presentes em qualquer tipo de decisão, inclusive nas financeiras.

Existem 13 principais comportamentos que podem influenciar suas decisões no âmbito financeiro e que, estando ciente de sua existência, você poderá tentar as controlar. São elas: aversão à perda; “Fear of Missing Out” (FOMO); Otimismo/Pessimismo; Excesso de Confiança; Medo do Arrependimento; Autosserviço; Ancoragem; Confirmação; Falácia do Jogador; Efeito Bandwagon ou Manada; Familiaridade; Retrospectiva; Sobrevivência. Já foram catalogados aproximadamente 180 vieses comportamentais.

Para que nosso artigo não se transforme em um livro, vou expor apenas dois ou três por vez, durante as próximas semanas. Hoje falaremos sobre Aversão à Perda e “Fear of Missing Out” (FOMO).

Já sentiu que o medo de perder era maior que a alegria na possibilidade de ganhar? O viés da Aversão à Perda explica atitudes que evitam possíveis perdas no futuro a qualquer custo, simplesmente baseadas no medo de perder, por mais que isso acarrete em prejuízos no presente. Um exemplo clássico desse viés na prática é o investidor que vende ações em baixa, movido pelo medo de que continuem a cair. Claro que existem cenários em que a venda é necessária, mas se a empresa está saudável e a queda nos preços não tem relação com o êxito de suas atividades, essa atitude na maioria dos casos não faz sentido.

Já sentiu que não podia perder uma oportunidade? Por mais que talvez o “cavalo já tivesse passado”, você preferia chegar atrasado na festa do que não participar dela? Então você já experimentou o “Fear of Missing Out” (FOMO), ou no português mesmo, medo de ficar de fora. Por acreditar que uma determinada oportunidade pode lhe proporcionar retornos atrativos, você pode aceitar comprar uma determinada ação, por exemplo, em seu preço de topo histórico. Na maioria dos casos isso não faz sentido.

“Quando as pessoas querem acreditar, a realidade não é o mais importante” (Charles Ponzi).

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