Ideias

DISPUTA COMEÇA A FICAR MAIS DEFINIDA

Por Julio CodazziEditor-executivo dos jornais OVALE e Gazeta de Taubaté |
| Tempo de leitura: 2 min

A partir desse domingo, faltarão três semanas para os eleitores irem às urnas, no primeiro turno de uma eleição que -- ao que tudo indica -- terá também um segundo turno.

Em uma disputa que já teve o líder de intenções de voto preso e em que o outro candidato mais bem avaliado sofreu um atentado, o cenário começa, enfim, a ficar mais definido.

Jair Bolsonaro (PSL) tem um eleitorado bastante cristalizado e ainda mantém a tendência de alta. É praticamente impossível que ele não esteja no segundo turno.

A outra vaga aparentemente será disputada entre Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), que estão numericamente empatados, segundo a última pesquisa do Datafolha.

O momento indica um leve favoritismo de Haddad, já que a transferência de votos de Lula (PT) para ele parece ainda não ter sido concluída. Ou seja, quanto mais o eleitor souber que o ex-prefeito de São Paulo é o escolhido do ex-presidente, mais ele subirá. Até quando? Talvez a próxima pesquisa ajude a entender.

Geraldo Alckmin (PSDB) não decolou até agora. E terá inúmeros obstáculos para fazê-lo. Talvez o maior deles seja que o tucano disputa os votos de centro-direita e direita, que são justamente aqueles já consolidados por Bolsonaro. Ciente disso, o ex-governador de São Paulo adotou o discurso de que seria, ele, o 'voto útil' contra o PT, já que Bolsonaro vai mal nas simulações de segundo turno. Mas Alckmin também vai mal. E, ao evocar o tal do 'voto útil', pode até perder votos do eleitor de centro para Ciro -- afinal, para essa faixa de eleitorado, o pedetista tem muito mais chance de vencer o segundo turno. De qualquer forma, se não reagir imediatamente, o tucano começará a ser abandonado por todos os lados.

Em queda livre, Marina Silva (Rede) é praticamente carta fora do baralho. Assim como todos os demais abaixo dela, que só poderiam influenciar a disputa se desistissem dela.

Com um cenário mais definido, a próxima semana deve ser marcada por mudanças de estratégias. Chegou a hora do tudo ou nada..

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