Filipe Rosa

A emergência de ter reserva

Tenha seus custos fixos mensais bem definidos e saiba o quanto você precisa guardar para viver com segurança

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia | 06/10/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Dinheiro
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Se você perdesse seu emprego hoje, por quanto tempo conseguiria se manter? Essa é uma pergunta chata, mas muito necessária e a resposta precisa estar na ponta da língua!

O termo "Reserva de Emergência" se refere a um montante de capital que devemos ter com altíssima liquidez e baixo risco, consequentemente, de rentabilidade pouco atrativa, mas a ideia com essa parcela do nosso capital não é ganhar dinheiro.

A ideia é ter fôlego para quando as coisas apertarem. São boas alternativas de produtos para acumular essa reserva os Fundos DI, CDBs de liquidez diária ou o famoso Tesouro SELIC, tecnicamente chamado de LFT.

Como vimos na semana passada, o orçamento é uma ferramenta indispensável no planejamento financeiro e será através dele que identificaremos os custos fixos e variáveis que existem em nossa vida.

Custos variáveis são, como o nome sugere, mutáveis. Podem acontecer em alguns meses e em outros não, como, por exemplo, custos com viagens. Já os custos fixos são previsíveis e se repetem com frequência, como gastos com aluguel, água, luz, internet.

A reserva de emergência deverá ser capaz de suprir os custos fixos por um período determinado de tempo que terá relação direta com o seu vínculo empregatício.

Para um profissional com carteira assinada, a hipótese de desligamento possibilita acesso a Seguro Desemprego, FGTS e outros itens que ajudarão no fôlego com as contas até a recolocação. Portanto, um profissional CLT precisará de uma reserva de emergência menor do que um profissional Autônomo, que não terá acesso aos mesmos benefícios.

Deve-se fazer a soma dos custos fixos e multiplicar o valor por um múltiplo. A indicação inicial é que, em caso de profissionais com vínculo estável (CLT) esse múltiplo seja algo entre 6 a 8 vezes. Já para um Autônomo, a orientação é que esse múltiplo seja algo entre 12 a 16 vezes.

Facilitando com um exemplo, imagine um cidadão que, após fazer seu Orçamento, identificou que seus Custos Fixos somam R$ 10.000,00. Se ele for um profissional CLT, sua reserva de emergência deverá ser de R$ 60.000,00 a R$ 80.000,00. Já se for um profissional Autônomo, sua reserva deverá ser de R$ 120.000,00 a R$ 160.000,00. Claro que isso é um norte e que cada pessoa pode e deve adequar esse múltiplo à sua própria vontade e realidade.

IMPORTANTE! Quando, em investimentos, alguém disser "liquidez" isso se refere ao prazo para o dinheiro sair do investimento e ir até a sua conta, para que, então, você possa sacar e usar.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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