A palavra “Inflação”, por si só, já é capaz de causar calafrios em quem viveu o fim dos anos 80 e o início dos anos 90, até a implantação do Plano Real.
Essa palavra, de origem no Latim, possui o sentido de inchaço. Economicamente falando, remete ao aumento de preços e à perda do poder aquisitivo (poder de compra) da moeda. Ou seja, cada vez mais é necessário gastar uma quantia maior de dinheiro para adquirir a mesma quantidade de um determinado produto.
Vivemos hoje um fenômeno inflacionário mundial, pois muito capital foi impresso e injetado nas economias como forma de estímulos emergenciais durante a pandemia, no entanto, isso somente fortaleceu a demanda, enquanto a oferta não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento.
O atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na última sexta-feira, (21), que não acredita que a inflação no Brasil e no mundo seja transitória, passageira. Durante o Fórum Econômico Mundial, ele disse que os bancos centrais estão dormindo ao volante. “Acho que inflação será um verdadeiro problema para todo o mundo”, disse em inglês.
Você entendeu o porquê de ele responsabilizar os bancos centrais? Não? Então vamos lá!
Existem duas formas de controle da Inflação: Aumento de Juros ou Aumento da capacidade produtiva na Economia Real. Sabe uma das atribuições que os Bancos Centrais têm? Aumentar ou diminuir as Taxas de Juros!
No Brasil, o Banco Central (também chamado de BACEN) realiza a cada 45 dias o COPOM (Comitê de Política Monetária) onde delibera sobre a SELIC (nossa taxa básica de juros). Quanto maiores os Juros (no nosso caso, a SELIC), mais caro estará o Dinheiro. Financiamentos, empréstimos, créditos, etc., tudo ficará mais caro e o dinheiro tende a fluir menos, diminuindo o consumo e freando a inflação.
Fica de olho no próximo COPOM, que acontecerá nos dias 01 e 02 de Fevereiro de 2022.