Com certeza você já ouviu alguma notícia sobre o momento tenso vivido na fronteira da Rússia com a Ucrânia. Ameaças de invasão, tropas militares se movimentando para todo lado. Você já se perguntou como isso pode impactar a sua vida e a sua carteira de investimentos?
A Rússia é um player importante no mercado de energia global, fornecendo um terço de todo o gás natural importado pela Europa. Se a Rússia “fechar a torneira”, a Europa corre sério risco de racionamento de gás natural. Países como Eslováquia e Bulgária dependem 100% do gás natural russo. O gás natural na Europa serve principalmente para cozinhar, aquecer casas no inverno e produzir eletricidade.
Além de gás natural, a Rússia também é importante fonte de petróleo para o continente europeu e commodities metálicas como o alumínio e o níquel também podem sofrer um desbalanceamento de oferta. Isso afetaria o que? O preço desses produtos.
Como você, leitor do O Vale, acompanhante dessa coluna já pode imaginar, corremos sério risco de Inflação! Quando o preço dos ativos “base” da economia sofre risco de descontrole isso se reflete em muitos outros produtos.
Na contramão dessa possibilidade, os Bancos Centrais dos EUA e da Europa já anunciaram que subirão suas taxas de juros em breve, para frear o movimento inflacionário advindo da pandemia de COVID-19. Esse movimento de alta nas taxas de juros, naturalmente, suga capital dos mercados mais arriscados, fazendo com que as Bolsas de Valores, por exemplo, percam liquidez, percam dinheiro investido.
E agora, José? “Se ficar o bicho pega, se correr, o bicho come”. Ao que tudo indica até hoje, ativos atrelados à inflação continuam sendo a melhor alternativa para todo esse cenário, mas a alta no preço das commodities pode valorizar empresas como Vale e Petrobras, por exemplo, a depender de como se darão os fatos.