Filipe Rosa

SWIFT uma arma financeira na guerra da Ucrânia

Por Filipe Rosa, sócio da Capitólio Investimentos e fundador da ComCiência Educacional @sejacomciencia |
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Sistema SWIFT
Sistema SWIFT

Nos últimos dias, ouvimos muito a respeito do “sistema SWIFT”, por conta das sanções econômicas impostas à Rússia em resposta à invasão na Ucrânia. Por mais simples que pareça, a exclusão da Rússia do SWIFT internacional implicará em profundos impactos econômicos.

O SWIFT foi criado em Bruxelas no ano de 1973. Por ele não se movimenta dinheiro, ele funciona como uma "rede social" bancária. Milhares de instituições financeiras em mais de 200 países trocam informações sobre pagamentos, facilitando as transferências mundo afora todos os dias. Em média, são 42 milhões de mensagens enviadas diariamente. Cerca de 300 bancos e organizações russas usam o sistema. Curiosidade: a Rússia é o segundo país com mais usuários no sistema SWIFT, atrás apenas dos EUA.

Todo exportador e todo importador, para vender e comprar mercadorias no mercado externo, se apoia na estrutura de um banco. Esse banco será o responsável por transacionar os pagamentos e recebimentos com o banco do outro país.

O SWIFT existe para facilitar esse processo por meio de padronização. A sigla significa “Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication” (Sociedade Interbancária Mundial para Telecomunicação Financeira) e o código em si se constitui de 8 a 11 caracteres, que serão o “CPF” internacional daquele banco na rede bancária mundial.

Banir Moscou do sistema SWIFT é o equivalente a “cortar a internet” de quem precisa se comunicar. Isso se traduz em perda de credibilidade para o sistema bancário russo, uma vez que para importar e exportar não haverá mais o aval de credibilidade desse ecossistema robusto e, quem optar por fazer negócios através dos bancos russos, estaria “jogando no escuro”.

Há, é claro, a possibilidade de que esse movimento estimule outros tipos de sistema para suprir essa necessidade. Cenas dos próximos capítulos!

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