Em guerra com o PCC (Primeiro Comando da Capital), o CV (Comando Vermelho) disputa o comando do tráfico de drogas em territórios da RMVale, área considerada estratégica para o crime organizado. A disputa entre as duas maiores facções criminosas do país é marcada por mortes, ameaças e batalhas pelo controle das biqueiras e rotas da venda de entorpecentes na região, a mais violenta do estado de São Paulo.
As áreas de maior tensão são o Vale Histórico — que reúne Lorena, Cruzeiro e Guaratinguetá — e o Litoral Norte, com Ubatuba e Caraguatatuba entre as cidades mais afetadas. O Vale concentra 7 das 10 cidades com as maiores taxas de homicídio no estado (leia aqui).
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A guerra envolve não só a disputa por pontos de venda de drogas, mas também pelo controle de rotas estratégicas entre São Paulo e Rio de Janeiro, dois dos maiores mercados consumidores do país.
Nesta terça-feira, uma megaoperação policial contra o CV no Rio terminou com mais de 60 suspeitos mortos, além de 4 policiais, 81 presos e clima de guerra (leia aqui).
Vácuo de poder reacendeu o confronto
A origem do conflito entre PCC e CV no Vale remonta a cerca de uma década. Segundo fontes ouvidas por OVALE, o PCC reduziu sua atuação local para expandir o tráfico internacional, abrindo espaço para a infiltração do CV em cidades como Lorena, Cruzeiro e Bananal, além de Ubatuba e Caraguatatuba.
“O CV percebeu o vácuo deixado pelo PCC e começou a ocupar o território. Quando o PCC tentou retomar o mercado, o confronto começou — e nunca mais parou”, contou uma fonte ligada ao enfrentamento do crime organizado.
Governo admite avanço de facções do Rio
Em entrevista exclusiva a OVALE, o governador Tarcísio de Freitas confirmou a presença de facções cariocas — como o CV, o TC (Terceiro Comando) e o ADA (Amigos dos Amigos) — tentando invadir São Paulo pela RMVale.
“O Vale sofre mais porque enfrenta a tentativa de invasão de facções criminosas do Rio. Essa disputa é o principal fator por trás dos homicídios na região”, afirmou o governador.
Polícia tenta conter avanço e evitar massacres
As forças de segurança de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro mantêm trocas constantes de informações para tentar frear o avanço das facções. Mesmo assim, a escalada da violência preocupa autoridades locais, com assassinatos ligados ao tráfico se tornando cada vez mais frequentes.
O comandante do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), coronel Luiz Fernando Alves, disse que a Polícia Militar do Vale troca informações constantemente com as de Minas e do Rio com foco nesse combate integrado aos criminosos (leia aqui).
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1 Comentários
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Sebastião Dias Filho 29/10/2025Dê liberdade à POLICIA e o crime reduzirá a ZERO.