Quatro escritores do Vale do Paraíba estão entre os finalistas da 67ª edição do Prêmio Jabuti, um dos mais prestigiados reconhecimentos da literatura brasileira. Tiago Feijó, André Kondo, Ricardo Martins e Daniel Munduruku compõem a lista.
A cerimônia que revelará os vencedores acontecerá no dia 27 de outubro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A edição deste ano recebeu 4.530 inscrições de obras nacionais.
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Autores
O professor e escritor Tiago Feijó, de 42 anos, é finalista na categoria Contos com o livro 'Breve inventário de pequenas solidões' (Editora Penalux). Sua trajetória literária é marcada por reconhecimentos, incluindo a vitória do Prêmio Manuel Teixeira Gomes de Literatura 2021, em Portugal, com o romance 'Doze dias'. Nascido em Fortaleza e criado em Guaratinguetá, Feijó expressou 'espanto, surpresa e alegria' com a posição de finalista, considerando a alta qualidade dos concorrentes. Ele atribui sua paixão literária à admiração pelos autores e pelas palavras, e busca sempre refletir sobre o 'fazer literário' em suas aulas.
Finalista na categoria Juvenil, o escritor e editor André Kondo, de 50 anos, concorre com 'O Silêncio de Kazuki' (Telucazu Edições). A obra fala da relação de pai e filho e a busca por reconciliação em meio a uma situação de doença grave. Residente em Taubaté, Kondo deixou a carreira em Administração para seguir o sonho de ser escritor. Esta é a segunda vez que ele é finalista do Jabuti, a primeira em 2015. Ele, que é autor de 19 títulos e conquistou mais de 300 premiações e ressalta a importância da “reaproximação familiar e o poder transformador da escrita”.
O premiado escritor Daniel Munduruku, representante do povo Munduruku e residente em Lorena, é finalista na categoria Infantil com o livro 'Estações' (Editora Moderna), em coautoria com a ilustradora Marilda Castanha. A obra, que aborda os ciclos de tempo da vida e da natureza, soma-se aos mais de 65 títulos publicados pelo autor, que é professor com formação em Filosofia, História e Psicologia. Munduruku já conquistou o Jabuti por duas vezes (2005 e 2017) e foi o primeiro indígena eleito para a APL (Academia Paulista de Letras).
Ricardo Martins, fotógrafo e documentarista de 51 anos, natural de São José dos Campos e morador de Ubatuba, está classificado como finalista na categoria Artes com o livro 'Os últimos filhos da floresta' (Editora Nômades). A obra é um registro fotográfico de sua incursão pela Amazônia e retrata a vida do povo Yanomami. Martins, que conta com 15 livros publicados, já tem um histórico de sucesso no Jabuti, tendo sido vencedor em 2012 na categoria Melhor Fotografia com a obra 'A Riqueza de Um Vale'. Esse trabalho premiado foi o resultado de uma imersão de dois meses no Vale Histórico, onde documentou as belezas naturais, culturais e históricas do Vale do Paraíba, abrangendo os lados paulista e fluminense.
Premiação
O Prêmio Jabuti distribui a estatueta e R$ 5 mil aos vencedores de 23 categorias. O prêmio de Livro do Ano, concedido à obra de melhor classificação nos eixos Literatura e Não Ficção, concede, além da estatueta, R$ 70 mil e uma viagem à Feira do Livro de Londres.
Entre outros finalistas desta edição, figuram nomes como Chico Buarque, Tony Bellotto, Fabrício Carpinejar, David Butter, Carlos Heitor Cony e Monja Coen.