SONHO INTERROMPIDO

Morto no Vale, Lucas era rapper e sonhava ‘virar lenda’ na música

Por Xandu Alves | Pindamonhangaba
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Redes Sociais
Lucas Fonseca (de chapéu), o Fonsek, em show com suas músicas
Lucas Fonseca (de chapéu), o Fonsek, em show com suas músicas

Lucas Fonseca Silva, de 26 anos, sonhava em virar um rapper conhecido no panorama nacional. Ele tinha ambições de ir longe com a carreira artística, que começava a despontar com músicas e clipes divulgados nas redes sociais.

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Conhecido na cena como Fonsek, o jovem de Pindamonhangaba não tinha medo de sonhar alto. Na música “Nem vem pa”, lançada em junho de 2024, ele cantava: “Construí no anonimato pra depois virar uma lenda”. Ele também era DJ e produtor musical.

O clipe e a canção receberam elogios de internautas nas redes sociais. Lucas também tinha fé na carreira: “Sorte quem acreditou. Um estúdio no meu quarto fez virar casa de show”, cantou ele no mesmo rap.

Na canção “Bem Quietin”, lançada em março do ano passado, Lucas dizia: “To nem aí pra nada, mas pra tu só causo incômodo. Não me acomodo nunca. Eu vou contra a correnteza”.

Contudo, os sonhos de Lucas se quebraram no instante em que ele morreu ao lado do amigo Victor Bassani de Souza, 27 anos, em um grave acidente na rodovia Presidente Dutra, em Taubaté, na madrugada de segunda-feira (21).

Acidente.

Os dois estavam no carro com um terceiro amigo, que dirigia. O motorista perdeu a direção do veículo, que capotou e colidiu violentamente contra o muro de uma loja, na avenida Bandeirantes. Lucas e Victor morreram no local. O condutor foi socorrido ao Hospital Regional de Taubaté e preso por dirigir embriagado. Ele foi autuado em flagrante por homicídio com dolo eventual e embriaguez ao volante.

Nas redes sociais, Lucas divulgava seus clipes de rap – 33 vídeos no canal dele no Youtube (acesse), entre músicas e outras divulgações –, mas também mostrava seu lado familiar. Em 26 de abril de 2024, ele postou um poema e uma foto ao lado do pai, que havia falecido. O final do texto é premonitório.

“É força bruta, como amor imensurável. A sua história é tão linda que nem cabe em um livro. A sua luta pra agradar quem tá contigo. Parecia até prefeito, querido por todo mundo. Mas se faltasse ele mandava buscar”.

E terminou: “Mas é bom o aprendizado. Agradeço a cada instante. Espero ficar do seu lado. Pra daqui à eternidade”.

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