
O papa Francisco passou pela cidade de São José dos Campos durante a visita que fez ao Brasil em 2013, quatro meses após ter sido eleito o primeiro papa latino-americano. Na ocasião, ele desembarcou na pista do aeroporto de São José dos Campos antes de ir para Aparecida.
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Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. A informação foi divulgada pelo Vaticano. O pontífice se recuperava após um quadro respiratório grave, que o deixou 37 dias no hospital, entre fevereiro e março deste ano. Sua última aparição pública foi nesse domingo de Páscoa, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Em julho de 2013, o papa Francisco veio ao Brasil participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Ele desembarcou na capital fluminense no dia 22, no Aeroporto do Galeão às 16h, e foi recebido pela então presidente Dilma Rousseff (PT).
No dia 24, ele deixou o Rio em direção a São José dos Campos, onde desembarcou e fez escala a caminho de Aparecida, onde celebrou para mais de 200 mil pessoas no Santuário Nacional.
‘Discípulo de Jesus’.
Em São José, o papa foi recebido por militares da Força Aérea, políticos e algumas pessoas da comitiva. Na época, a jornalista Virginia Silveira, de São José, registrou o momento em que a filha dela caminha ao lado do papa Francisco (veja foto).
Atualmente morando nos Estados Unidos, Virginia postou a foto nesta segunda-feira (21) nas redes sociais, em memória de Francisco.
“Vai em paz e siga na luz, Papa Francisco. O maior discípulo de Jesus e dos mandamentos de Deus que eu conheci. Na foto, minha filha Leda ao lado dele, quando esteve em São José dos Campos. Um momento único em que mais uma vez ele compartilhou a sua generosidade e a sua santidade. Vai fazer muita falta”, escreveu a jornalista no Instagram.
Ela completou: “O mundo amanheceu vazio. Estamos vivendo tempos muito difíceis e desafiadores. Que seu substituto possa nos aproximar ainda mais de Deus, como o Papa Francisco fez durante toda a sua caminhada por esta existência aqui na Terra”.
O papa Francisco embarcou em um helicóptero em São José e desceu em Aparecida, por volta de 10h15 do dia 24 de julho de 2013. A aeronave pousou no heliporto do Santuário Nacional. O primeiro a cumprimentar o papa foi o então arcebispo de Aparecida, cardeal dom Damasceno Assis, na época também presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Além dele, recepcionaram o pontífice o então governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado de sua mulher Lu Alckmin, o prefeito de Aparecida, Marcio Siqueira, e autoridades religiosas.
Em seguida, o papa subiu no papamóvel aberto e percorreu o caminho até a Basílica por entre a multidão de fiéis, que acompanhou o trajeto acenando bandeiras e gritando o nome do pontífice. No caminho, ele pediu para o papamóvel parar várias vezes para beijar e abençoar crianças.
Depois de passar pelo povo, Francisco se dirigiu para o interior da Basílica onde visitou a Capela dos Apóstolos, localizada atrás do nicho de Nossa Senhora Aparecida. No local, ele fez uma oração acompanhado de missionários redentoristas e padres diocesanos, além da comitiva papal.
Missa.
Durante a missa, celebrada por Francisco, dom Raymundo ofereceu uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, esculpida em madeira, produzida por um artista do Vale do Paraíba. O papa a beijou e apresentou aos féis. Como retribuição, Francisco ofereceu um cálice ao Santuário Nacional.
Durante sua estada no Santuário, o pontífice fez um pedido aos romeiros: “Peço um favor, com jeitinho, rezem por mim. Eu necessito. Deus abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês”.
Após a celebração, Francisco seguiu para a Tribuna Bento 16, do lado de fora da Basílica, onde abençoou os milhares de fiéis que o esperavam. O papa pediu desculpas por não falar “brasileiro” e disse que falaria em espanhol. Ele foi ovacionado pelo público.
Antes de deixar a região, por volta de 16h rumo ao Rio de Janeiro, o papa almoçou e descansou no Seminário Bom Jesus, em Aparecida.
Na ocasião, ele levantou a possibilidade da sua vinda para o Jubileu dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 2017. No entanto, em decorrência da grande demanda do papa, foi nomeado um representante do pontífice para o evento, como justificou o papa na carta enviada ao Santuário Nacional, em outubro de 2017.
“A vida de um Papa não é fácil, por isso quis nomeei o cardeal Dom Giovanni Battista Re como delegado pontifício, para as celebrações do dia 12 de outubro, confiei a ele a missão de garantir assim, a presença do Papa entre vocês”, disse Francisco.