
A China e a União Europeia anunciaram medidas de retaliação poucas horas após entrarem em vigor as novas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump contra quase 90 países. Os chineses elevaram seus tributos sobre produtos dos EUA de 34% para 84%. Já o bloco europeu aprovou tarifas entre 10% e 25% sobre US$ 24 bilhões em mercadorias norte-americanas, válidas a partir de 15 de abril.
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O tarifaço de Trump impõe sobretaxa de 104% sobre todos os produtos chineses — de roupas a eletrônicos — e afetou duramente os mercados globais. A medida é criticada por aliados e economistas, que alertam para riscos de recessão nos EUA.
Em meio ao clima tenso, o bilionário Elon Musk entrou em conflito público com o conselheiro de Trump, Peter Navarro, enquanto o governo chinês passou a desaconselhar viagens de seus cidadãos aos EUA, citando riscos econômicos e de segurança.
Outros países afetados pelas tarifas — como Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Israel — já buscam renegociar acordos. O governo Trump, porém, reforça que só aceitará acordos que “beneficiem os trabalhadores americanos” e corrijam o déficit comercial.
A escalada nas tensões comerciais ainda impactou ações de farmacêuticas globais, após Trump anunciar tarifas sobre o setor. Com os mercados em queda e aliados pressionando por um recuo, o presidente defendeu suas medidas: “Sei exatamente o que estou fazendo”.
*Com informações da NBC News