
O prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), prevê lançar “depois do dia 10 de abril” a segunda licitação do novo sistema de transporte público da cidade, que vai definir a operadora do sistema. A afirmação foi feita durante OVALE Cast, o podcast de OVALE.
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Na primeira licitação, vencida pela empresa Green Energy, a companhia terá que fornecer 400 ônibus elétricos para São José dos Campos nos próximos 15 anos, em um contrato de R$ 2,718 bilhões.
O segundo certame definirá a empresa que vai operar os ônibus e garantir a estrutura de apoio aos veículos, como garagem, motorista, cobrador, borracheiro e funileiro, entre outros.
“Agora a gente faz a licitação, com perspectiva de colocar esse edital no ar agora, depois do dia 10 de abril, que é uma licitação para operação. Aí nós vamos licitar agora uma empresa para fazer a operação do sistema”, disse Anderson.
O prefeito de São José abriu a temporada 2025 de OVALE Cast com uma entrevista exclusiva sobre os 100 dias do novo governo. Nela, Anderson falou sobre os próximos passos do novo sistema de transporte coletivo da cidade. Confira.
O senhor conseguiu destravar o transporte e fazer a licitação depois de bastante tempo. O contrato foi assinado em março para a locação de 400 veículos elétricos por 15 anos. Quais serão os próximos passos agora? Quando pretende abrir a segunda licitação que vai definir a empresa que vai operar esses veículos?
Desde a primeira licitação que nós fizemos, que foi uma concessão tradicional, vamos dizer assim, uma concessão como é feita em todas as cidades do Brasil, teve uma empresa vencedora, depois nós tivemos que rescindir o contrato, mudar a empresa e aí nós mudamos o modelo, até olhando para o transporte público.
A pandemia mudou completamente a parte das pessoas se deslocarem, da forma de deslocamento. A gente mudou nesse momento o modelo também. Desde o modelo jurídico, em 2023, ali a gente mudou esse modelo jurídico. Se olhar para trás, o modelo que hoje está operando na cidade é um modelo que se demorou quase 8 anos para chegar em processo de licitação. O nosso em dois anos a gente está conseguindo avançar.
São processos muito difíceis de fazer ainda mais nesse, como estamos fazendo. Um processo que nunca ninguém fez no modelo jurídico. Nenhum dos municípios do Brasil fez nesse modelo que nós estamos fazendo agora. Então, nós agora conseguimos concluir a locação dos carros, que é o mais importante. Lógico que o ônibus é o mais importante. Mas nesse caso, nesse modelo, e quando nós falamos de carros elétricos, ele é o mais importante para a gente saber a autonomia.
O carro elétrico, você não quer saber a autonomia dele, sendo 150, 200, 400 km, o tanque no carro elétrico isso faz a diferença. Pra gente saber a autonomia do carro, até para distribuir a frota e também para poder colocar os pontos de carregamento desses veículos. Então, nós temos agora uma empresa, ela apresenta agora nos próximos dias para nós, já assinou o contrato, recebeu a ordem de serviço. Agora ela tem 30 dias para apresentar para nós exatamente o modelo dos carros, até para a gente poder aprovar o modelo e os layouts dos veículos, seja das pinturas externas, layout interno do veículo.
Para que ela comece a cumprir o contrato a partir de setembro. Ela começa já a entregar os veículos para cidade. Então, a gente já fez todo o dimensionamento de onde serão as estações. Como que os veículos serão distribuídos, a gente já sabe da autonomia de cada veículo. São três tipos de veículos que vão entrar em operação. Então, a gente já fez todo esse planejamento.
E a segunda licitação?
Agora a gente faz a licitação, com perspectiva de colocar esse edital no ar agora, depois do dia 10 de abril, que é uma licitação para operação. Aí nós vamos licitar agora uma empresa para fazer a operação do sistema, ou seja, garagem, motorista, cobrador, borracheiro, funileiro, enfim, toda equipe que tem por trás do sistema para que ele possa operar, a gente faz essa licitação.
Como os carros começam a chegar em setembro, nós temos esse prazo até setembro para ter essa empresa contratada, já começando a fazer toda a transição para quando os carros chegarem a gente já ter essa empresa operando na cidade.
A operação desses 20 primeiros carros já seria feita por essa nova empresa, em setembro?
Sim, isso que estamos falando, para que já seja feita com uma nova empresa. Se tiver empresa hoje, por exemplo, se por alguma questão, processo, a gente tem que ter o plano A e o plano B. Se atrasa algo, a gente tem também como fazer com a própria empresa que hoje opera, O plano B seria esse de manter e não parar com o sistema. Mas o plano A está dentro do planejamento, a partir de abril até ter uma empresa contratada até setembro, é um prazo que a gente consegue dentro dos procedimentos licitatórios, a gente conseguir finalizar. Os carros vão chegando e já vão para operação. Então a gente começa a fazer também toda uma transição, mesmo porque a empresa que vai operar, ela também tem que ter ônibus.
Ela tem que ter ônibus, ela tem que vir com ônibus. As exigências não são ônibus novos, podem ser ônibus seminovos, em condições de uso, porque ela tem que operar até setembro do ano que vem, que é quando chega a totalidade da frota. Então, conforme os carros forem chegando, chega 20 carros agora em setembro, eles já vão para operação.
Por onde vai começar a operação dos novos carros?
A gente começa a fazer a mudança pela região Sul, que é a maior região da cidade, onde tem o maior número de usuário do transporte público, onde a gente já tem uma estrutura de carregamento e aqui a gente já começa também a fazer as licitações e obras das novas estruturas de pontos de carregamento na cidade. Então, esse é o nosso planejamento. Até setembro a gente vai começar a ter a empresa para operar e a gente faz a transição. O aproveitamento de todos os profissionais, dos motoristas, dos cobradores, das equipes técnicas que são da parte de garagem, então a gente já faz toda essa transição para essa nova empresa, para poder operar o sistema. E depois a gente já começa também a fazer toda parte de obra, que é obra civil, na questão dos pontos de carregamento. Hoje os ônibus carregam nas garagens, combustível. Os postos de abastecimento ficam nas garagens. Nós temos três garagens hoje aqui em São José.
Nós vamos ter oito pontos de abastecimento de eletricidade. Um ponto de abastecimento de combustível não permite isso. Você não pode colocar um tanque de combustível em qualquer lugar da cidade, e por isso é que estão na garagem. Como é por energia, então nos dá essa possibilidade de termos vários outros pontos de carregamento. Com isso a gente tem até uma melhoria de eficiência no sistema.
Você imagina hoje quantos quilômetros os ônibus rodam de forma ociosa, porque eles têm que retornar para a garagem às vezes até para abastecer. Dessa forma a gente consegue fazer com que tenham menos quilômetros ociosos. Muito menos quilômetros ocioso, tendo esses carros em 8 pontos na cidade e distribuídos nas regiões, para que eles possam fazer os seus abastecimentos, a gente consegue ganhar em eficiência também desses carros.
A gente consegue ter uma estrutura que a gente já pensa que ela seja utilizada também pela iniciativa privada, que hoje falta estrutura de abastecimento de carro elétrico, então, principalmente às margens da Via Dutra, para a gente poder fomentar e também reduzir nosso custo do ponto de vista, se tiver um privado usando, lógico que vai ter um custo ali que ele vai pagar, isso ajuda também a gente a ter uma receita com relação a esses espaços, enquanto nós não estamos carregando, outros podem se utilizar esse carregamento.
Comentários
1 Comentários
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Jeniffer Batista 05/04/2025Dá vontade de chorar saber que teremos mais 3 anos e meio desta atual administração.