
As vendas relativas à Páscoa na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) devem crescer 12% este ano em relação a 2024, de acordo com o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e Região). A data é uma das mais importantes do ano para os supermercados e lojas especializadas em chocolate.
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Segundo o sindicato, as projeções estão baseadas no desempenho recente do varejo da região, que está com as vendas aquecidas. O faturamento real cresceu 12,8% em 2024, atingindo R$ 70,8 bilhões, batendo o recorde histórico da série iniciada em 2008. O mês de dezembro de 2024 também foi o melhor da história exibindo um crescimento real de 14,3% em relação ao mesmo período de 2023.
O mercado de trabalho tem refletido o bom desempenho das vendas. O comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes encerrou o ano de 2024 com um estoque de 822 empregados celetistas, um crescimento de 7,3% em relação a dezembro de 2023, confirmando o bom momento deste segmento.
Além disso, as sucessivas quedas da taxa de desemprego e a geração de empregos com carteira assinada eleva o contingente de pessoas em condições de consumir.
“Esse é o principal fator que vai impulsionar as vendas de Páscoa este ano, apesar da inflação elevada. Quanto mais pessoas trabalhando, melhor o poder de compra das famílias”, disse Dan Guinsburg, presidente do Sincovat e vice-presidente da FecomercioSP.
Chocolate.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) referentes ao mês de fevereiro. Com base nas informações da pesquisa referentes à Região Metropolitana de São Paulo, mas que podem ser replicados para a RMVale, o Sincovat fez um levantamento para saber quais dos itens que fazem parte da ceia de Páscoa ficaram mais baratos ou mais caros em relação ao ano passado.
A má notícia é que o item mais procurado nesta época é o grande vilão. O preço dos chocolates em barra e bombons subiu 15,49% nos últimos 12 meses, bem acima da inflação média geral (5,17%). O motivo é que o preço do cacau quase triplicou nos últimos dois anos e isso reflete nos preços dos ovos de Páscoa. No caso do chocolate e achocolatado em pó, a alta foi de 14,76%.
Por outro lado, considerando os itens que normalmente compõem a ceia de Páscoa, em grande parte o preço caiu ou subiu abaixo da inflação geral. O preço do arroz, por exemplo, exibiu queda de 1,73% no acumulado dos últimos 12 meses. Entre os acompanhamentos, destaca-se o recuo de 32,55% nos preços da batata-inglesa, enquanto os preços do pimentão, do tomate e da cebola caíram 11,5%, 16,35% e 15,3%, respectivamente.
Outra boa notícia é que os preços do grupo pescados também caíram ou subiram abaixo da inflação. O preço da tilápia caiu 10,87% e o da pescada ficou praticamente estável (-0,79%). O cação e a merluza ficaram 4,56% e 3,01% mais caros, respectivamente, enquanto o preço do salmão avançou 3,31%.
Por fim, as bebidas também ficaram mais caras, com destaque para o suco de frutas (+9,9%) e para o refrigerante e água mineral (+8,23%). A cerveja subiu 5,86% e o vinho variou apenas 3,77%.