NOVO TRANSPORTE

Anderson diz que tarifa não sobe e que subsídio vai diminuir

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 4 min
Claudio Vieira / PMSJC
Transporte público coletivo em São José
Transporte público coletivo em São José

O prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), garantiu que o novo sistema de transporte público da cidade terá um custo menor de subsídio para os cofres públicos do que o atual modelo, e isso sem reajuste da tarifa cobrada dos passageiros.

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Ao lado de secretários, vereadores e da empresa que venceu a licitação, a Green Energy S.A., Anderson apresentou o novo sistema na tarde desta terça-feira (18), no Paço Municipal.

Os primeiros 20 ônibus elétricos estão previstos para entrar em operação em setembro deste ano, com toda a frota entrando de forma gradual até setembro de 2026, quando os 400 ônibus deverão estar circulando na cidade.

A nova frota será alugada pela Urbam (Urbanizadora Municipal), empresa ligada à Prefeitura de São José dos Campos. Assinado no dia 7 de março, o contrato prevê que a Green Energy receberá R$ 2,718 bilhões ao longo de 15 anos.

Questionado sobre aumento da tarifa, Anderson disse que o novo sistema não terá reajuste do valor da passagem, haja vista que o atual sistema sofreu um reajuste recentemente.

A passagem de ônibus em São José ficou mais cara a partir de 11 de fevereiro deste ano. Para o pagamento em dinheiro, o aumento foi de R$ 5 para R$ 6, um acréscimo de 20%. A tarifa não era reajustada no município desde janeiro de 2020, antes da pandemia. A inflação acumulada desde então é de 33,4%.

“Não vai aumentar a tarifa. Já fizemos reajuste na tarifa. E pretendemos diminuir os custos operacionais [do sistema] no futuro. Gastamos até R$ 11 milhões por mês de diesel com os ônibus. Com a energia elétrica, esse custo deve cair para R$ 4 milhões”, disse Anderson.

Subsídio.

Questionado por OVALE, Anderson disse que o valor pago pela prefeitura em forma de subsídio para o transporte público será menor no novo sistema do que é no atual modelo.

“Hoje gastamos uma média de R$ 7 milhões por mês com o subsídio do transporte, que é feito em cima da tarifa. Com o novo sistema, o subsídio vem em forma de energia elétrica, e o custo será em torno de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões por mês”, afirmou o prefeito de São José.

O novo sistema de transporte público contará com oito pátios de carregamento para os veículos elétricos, distribuídos por todas as regiões da cidade. Segundo a prefeitura, elas serão implantadas conforme o sistema for recebendo novos ônibus.

Em apresentação do sistema na tarde desta terça-feira (18), no Paço Municipal, o prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias (PSD), disse que a distribuição dos pátios de carregamento foi definida em parceria com a EDP, principal distribuidora de energia elétrica da região.

Os pátios terão energia elétrica para os veículos, que serão abastecidos principalmente durante a madrugada, quando a demanda por energia cai e o preço fica mais barato, o que pode diminuir os custos do sistema de transporte. Em pleno funcionamento, o novo sistema de transporte demandará 3,2 MW/h de energia elétrica.

Anderson explicou que serão quatro as fontes de energia elétrica que abastecerão o sistema de transporte: fazenda fotovoltaica em Cachoeira Paulista, da qual a prefeitura contratou 3,5 MW/h com 25% de desconto e por 25 anos; usina geradora de biogás no aterro de São José (1,7 MW/h); compra de energia no mercado livre e o fornecimento da EDP, caso seja necessário.

“Os pontos em todas as regiões da cidade com pátio de carregamento trarão economia para o sistema, e ainda não precisaremos de alta tensão. Já fizemos um estudo com a EDP e tudo será por média tensão, isso faz cair o custo de operação. O carregamento fora do horário de pico também, além de que precisaremos de carregadores de média tensão para alimentar esses ônibus”, afirmou Anderson.

O prefeito disse que o estudo feito com a EDP, por três anos, dá consistência à distribuição do carregamento do sistema de ônibus elétricos para evitar problemas de falta de energia e de queda do fornecimento para os cidadãos, em razão do uso maior para os veículos.

“As cidades que enfrentam problemas é porque não conseguiram dimensionar a distribuição. Estamos há 3 anos conversando com a EDP. Todos os locais e estações foram estudados pela EDP, com a questão de alta e baixa tensão. Risco de termos errado é menos de 1%. Fizemos esse estudo em parceria com a EDP. Risco de errarmos é quase nulo e trabalhamos com folga para o sistema novo”, disse Anderson em resposta a OVALE, na entrevista coletiva após a apresentação do novo sistema.

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