
Requerimento
Aproveitando o fato de ter maioria na Câmara de São José dos Campos, a base aliada ao governo Anderson Farias (PSD) conseguiu rejeitar nessa terça-feira (11) um requerimento da oposição que cobrava informações da Prefeitura sobre o número de passageiros transportados pela Linha Verde.
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A favor
Dos 21 vereadores, nove votaram a favor do requerimento: Amélia Naomi (PT), Anderson Senna (PL), Carlos Abranches (Cidadania), Fernando Petiti (PSDB), Juliana Fraga (PT), Lino Bispo (PL), Roberto Chagas (PL), Sérgio Camargo (PL) e Thomaz Henrique (PL). Todos esses parlamentares são da oposição.
Contra
Outros 10 vereadores votaram contra o requerimento: Claudio Apolinário (PSD), Fabião Zagueiro (PSD), Gilson Campos (PRD), Marcão da Academia (PSD), Marcelo Garcia (PRD), Milton Vieira Filho (Republicanos), Rafael Pascucci (PSD), Renato Santiago (União), Sidney Campos (PSDB) e Zé Luis (PSD). Rogério do Acasem (PP) não estava na sessão. O presidente da Câmara, Roberto do Eleven (PSD), que também é da base governista, votaria apenas em caso de empate.
Linha Verde
No requerimento, Lino Bispo afirmou que "a Linha Verde foi anunciada como um projeto inovador de mobilidade urbana em São José dos Campos, com a promessa de oferecer um transporte coletivo sustentável e eficiente", mas, "desde sua implantação, há relatos de baixa adesão por parte dos passageiros".
Custo
Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022. O traçado de 17 quilômetros liga o Campo dos Alemães ao Terminal Intermunicipal e ao Centro. A obra, que custaria inicialmente R$ 55,832 milhões, ficou em R$ 77,83 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões foram aportados pelo governo estadual e o restante pelo município. Somando também gastos como desapropriações, implantação das estações e compra dos VLPs (Veículos Leves sobre Pneus), o custo chegou a R$ 193 milhões.
Blindagem
A rejeição de requerimentos é uma forma de blindar o governo Anderson, já que esse tipo de documento deve ser respondido obrigatoriamente em 15 dias quando aprovado em plenário. Com a rejeição, a Prefeitura não é obrigada a responder à Câmara.
Balanço
Apenas em 2023, a base aliada ao governo Anderson na Câmara barrou 182 requerimentos que cobravam informações da Prefeitura. Em 2024, a blindagem deixou de ser adotada a partir de agosto, quando a oposição passou a ter mais cadeiras. No início de 2025, com a bancada governista retomando a maioria, a manobra voltou a ser aplicada.
Comentários
1 Comentários
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Alessandro de Lima Mendes 12/02/2025Para que serve uma Câmara se ela joga fora seu papel de fiscalizar? Para que serve um vereador em uma cidade assim ?