INDÚSTRIA EM CRISE

Investidor brasileiro desiste de comprar a Avibras, no Vale

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Assembleia de trabalhadores na Avibras
Assembleia de trabalhadores na Avibras

Sem acordo, o investidor brasileiro que negociava a compra da Avibras, indústria sediada em Jacareí, desistiu do negócio nesta segunda-feira (9), após quase dois meses de negociação.

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O investidor tinha o direito contratual de desistir do investimento a qualquer momento e por qualquer motivo. As negociações começaram no fim do mês de outubro.

Em nota, a Avibras informou que foi surpreendida pela desistência e que “embora a empresa tenha cumprido todas as suas obrigações, o eventual investidor decidiu pela não prorrogação do contrato".

Ainda segundo a Avibras, a empresa está em contato com outro potencial investidor para prosseguir com as tratativas necessárias à realização do investimento. Com o encerramento do acordo de exclusividade, a Avibras pode explorar negociações com outras empresas que tenham interesse na indústria.

Em ofício enviado ao Sindicato dos Metalúrgicos, Carlos Fortner, representante do investidor, comunicou que terminou o prazo de 45 dias de negociação com a Avibras e seus acionistas, sem que tivessem sido cumpridas as condições para o fechamento do negócio.

No documento, o representante do investidor informou que “não foram cumpridas as condições precedentes consideradas pelas partes como essenciais ao fechamento do negócio dentro do prazo estabelecido em contrato".

Em nota, o sindicato considerou lamentável a desistência da transação comercial, uma vez que a Avibras e o investidor, que se mantém no anonimato, geraram grandes expectativas nos trabalhadores, que estão há 20 meses sem salário, FGTS e INSS. Os funcionários da empresa de Jacareí mantêm uma greve que já dura dois anos.

Além disso, o sindicato informou que, mesmo com o fim do processo de compra e venda, a categoria “continuará lutando em defesa dos trabalhadores e cobrando medidas que levem à regularização dos salários e à volta das atividades da principal indústria bélica do país”.

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