IDEIAS

A Eleição Presidencial dos EUA

Por Filipe Rosa |
| Tempo de leitura: 2 min

As eleições presidenciais nos Estados Unidos sempre atraem a atenção do mundo todo, em especial no mercado financeiro. Investidores acompanham de perto as propostas e posicionamentos dos candidatos, pois as políticas de um novo governo podem trazer impactos diretos não só para a economia americana, mas também para os mercados globais, incluindo o brasileiro.

Alguns dos pontos mais relevantes para se atentar são como o candidato pretende se relacionar com a política Fiscal, a política Monetária, as relações Comerciais, a Imigração (assunto muito relevante nos EUA) e a parte Regulatória (impostos, taxação etc.).

Repare que eu escrevi “se relacionar” com as políticas. O FED (Federal Reserve), banco central dos EUA, é o responsável pela Política Monetária e é independente desde 1913. As estruturas de Senado e Câmara dos Representantes compõem o Legislativo e as duas Casas do Poder contam com eleições a cada 2 anos, sempre em anos pares, uma junto com as eleições presidenciais e outra no meio do mandato presidencial (chamadas Mid Terms). O novo ou nova presidente dos EUA precisará se relacionar bem tanto com o lado Democrata quanto com o lado Republicano, pois enquanto escrevo, a expectativa é que cada uma das Casas do Poder seja encabeçada por um partido diferente.

Vale lembrar, inclusive, que a Constituição dos EUA é antiquíssima. Foi instituída há 236 anos atrás. No dia 21 de Julho de 1788 a Constituição “nasceu” e entrou em vigor em 4 de Março de 1789. Ou seja, não é tão fácil conseguir “emendas constitucionais” em algo que é sólido há mais de dois séculos e, por essa razão, passa segurança jurídica para que as maiores empresas do mundo mantenham operações relevantes nos EUA.

A regra do jogo por lá é clara e todo mundo conhece há muito tempo. O presidente tem seu peso e importância, é claro, mas “uma andorinha não faz verão”. Ou seja, entre dizer que será feito e efetivamente fazer existe um esforço hercúleo e abismal de distância.

Portanto, independente de quem entrará na Casa Branca, precisamos ter em mente que a economia americana seguirá potente, o dólar americano seguirá como a moeda de referência do comércio global e as grandes empresas que lá estão irão seguir operando seu dia a dia normalmente. A diversificação de investimentos nos EUA representa vantagens geográficas, jurídicas e cambiais. Não se deixe influenciar por discursos tendenciosos do lado A ou do lado B, do bem ou mal, tenha sempre uma parte do seu capital em moeda forte (dólar americano) e sob a influência de uma constituição conhecida há 236 anos (a brasileira é dois séculos mais jovem).

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