ACIDENTE NO VALE

Piloto morto em acidente no Vale era casado e faria aniversário

Por Jesse Nascimento | Paraibuna
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
O piloto Jefferson Rodrigues Ferreira, 36 anos
O piloto Jefferson Rodrigues Ferreira, 36 anos

O piloto Jefferson Rodrigues Ferreira, 36 anos, uma das cinco vítimas fatais da queda do avião no Vale do Paraíba, era natural do interior da Bahia e faria aniversário no próximo dia 29. Ele era natural de Guanambi, na região sudoeste da Bahia. Jefferson pilotava a aeronave que enfrentou forte chuva no começo da noite desta quarta (23) e caiu na divisa de Paraibuna e Santa Branca.

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Filho de um aviador, Jefferson trabalhava como piloto havia 13 anos e tinha mais de 5 mil horas de voo. Ele era casado e não tinha filhos. Bastante abalado, o pai de Jefferson, conhecido na região como Carlão, também piloto, disse que conversou com o filho na tarde desta quarta, antes do acidente, ocasião em que o piloto afirmou que passaria em Belo Horizonte e seguiria para Salvador.

“Meu filho era um exímio piloto, estou tentado me conter aqui. Estamos todos aqui sem terra”, disse Carlos Ferreira. Além de Jefferson, o co-piloto, Dulcival da Conceição Santos, de 39 anos, também morreu no acidente. Outras três vítimas fatais, passageiros, ainda não foram identificadas.

O acidente

O avião, um EMB-121 (Xingu) caiu e explodiu no Sítio Santa Terezinha, no bairro Caetê, em Santa Branca. As informações iniciais de sinistro foram emitidas por meio de comunicado da Polícia Militar e do Controle de Tráfego Aéreo, que confirmou a perda de sinal da aeronave e a subsequente queda.

A Polícia Militar acionou as equipes de Busca e Salvamento da Força Aérea Brasileira (FAB/SAR) e o Corpo de Bombeiros local para atuar no local do acidente. Após comunicação com o delegado seccional, a autoridade policial competente e uma equipe de investigadores se dirigiram à área para averiguar a situação. O local é de difícil acesso, com densa vegetação, o que dificultou o deslocamento das viaturas, exigindo o uso de tratores da população local para transportar os agentes até o ponto exato do acidente.

De acordo com relatos de moradores da região, por volta das 18h30, foi avistada uma aeronave em queda livre, que ao se chocar com o solo, pegou fogo. Ao chegar, as equipes constataram que a aeronave estava completamente destruída, com destroços espalhados por uma área de aproximadamente 500 metros. Havia focos de incêndio no local, controlados pelos bombeiros e pela chuva que caía com intensidade no momento.

Durante a inspeção inicial, foram encontrados fragmentos de corpos humanos espalhados pela área, impossibilitando a identificação imediata das vítimas. Segundo informações do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 4), a aeronave havia decolado do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), com destino ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), realizando um voo de Evacuação Aeromédica (MEDEVAC) com cinco ocupantes a bordo.


Más condições climáticas

Antes da queda, os pilotos solicitaram desvios de rota devido às condições meteorológicas adversas. Pouco tempo depois, o radar registrou oscilações de altitude e, em seguida, o sinal da aeronave desapareceu. As investigações preliminares não identificaram ainda os passageiros, e as condições do local e do clima atrasaram o início dos trabalhos de perícia.

A área foi isolada e, por determinação das autoridades, nenhuma alteração deve ser feita no cenário até a conclusão dos trabalhos das equipes de perícia, Corpo de Bombeiros e Instituto Médico Legal (IML). Foram expedidas requisições para exame necroscópico e identificação das vítimas, além da coleta de material genético para posterior confrontação, se necessário.

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