ELEIÇÃO NA VENEZUELA

Ao não condenar Maduro, Lula vê imagem de democrata dar 'PT'

Por OVALE | São José dos Campos
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Divulgação
'Nada de anormal', disse Lula sobre a eleição de Maduro
'Nada de anormal', disse Lula sobre a eleição de Maduro

Um atentado à democracia.
A eleição na Venezuela, ocorrida no último domingo (28) e que culminou na reeleição do ditador Nicolás Maduro, em pleito duramente questionado pela oposição e pela comunidade internacional, foi classificada pelo Partido dos Trabalhadores, em nota divulgada na segunda-feira (29), como uma "jornada pacífica, democrática e soberana".

Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu ser ainda pior do que a nota de seu partido.
Eleito em oposição a Jair Bolsonaro (PL), que ao longo de quatro anos esgarçou o tecido democrático, em uma jornada nada pacífica e democrática, que teve como ápice o 'Capitólio Brasileiro', em 8 de janeiro de 2023, Lula disse que não viu "nada de anormal" na eleição de Maduro.

“Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e Justiça faz”, disse o presidente.

Lamentavelmente, assim como o seu antecessor, que chegou a chamar o autocrata húngaro Viktor Orban de "irmão", Lula parece ter os seus ditadores de estimação. Com uma postura como essa, a pose de Lula como defensor da democracia parece dar PT. Perda total. Como escreveu George Orwell (1903-1950), em 'A revolução dos bichos', "são todos iguais, uns mais iguais do que os outros".

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