TRABALHO

1º de Maio, dia de luta!

Por Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região | São José dos Campos
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Weller Gonçalves
Weller Gonçalves

Neste 1º de Maio, convido todos os trabalhadores e trabalhadoras a refletirem sobre essa data. Vivemos num país em que os empresários dão as cartas e, com o apoio dos governantes, tentam dia após dia retirar direitos de quem realmente produz a riqueza: a classe trabalhadora. No Dia Internacional dos Trabalhadores, é preciso resgatar a história de centenas de milhares de operários que em 1º de Maio de 1886 iniciaram uma greve geral histórica nos Estados Unidos e pararam 5 mil fábricas, apesar de severa repressão patronal e policial.

Essa data é para celebrar a luta e homenagear todos aqueles que participaram daquela mobilização e de todas as outras que vieram depois, por melhores condições de trabalho, maiores salários e direitos. Nem sempre os combates são vitoriosos, mas cada um deles faz parte da construção e do fortalecimento da luta coletiva dos trabalhadores.

Em nossa região, temos exemplos recentes de metalúrgicos que deram grande demonstração de força e resistência, como os operários da Avibras, que estão realizando a mais longa greve da categoria. Já são 19 meses parados, em protesto contra os atrasos salariais. São mais de mil homens e mulheres que não abrem mão de lutar. 

Em outubro de 2023, foi a vez dos trabalhadores da General Motors que entraram em campo para enfrentar a multinacional e, junto com os companheiros de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, realizaram uma greve unificada de 17 dias, pelo cancelamento das demissões em massa anunciadas pela montadora.

Assistimos ainda a uma forte mobilização dos servidores públicos em todo o país, chocando-se com o governo federal por reajuste de salário.

Nesse Dia dos Trabalhadores, precisamos também cobrar do governo Lula a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, que jogaram na lata do lixo direitos históricos dos trabalhadores.

Diante de uma forte polarização política em nosso país com disputa ideológica de setores da ultradireita, a única forma de libertar os trabalhadores de todo tipo de opressão e exploração é pelo socialismo, colocando um fim neste sistema capitalista.

Por tudo isso, o 1º de Maio tem de ser classista, independente dos governos e patrões. Esse não é um dia de festa e, muito menos, de dividir palanque com governantes e representantes de empresários, como as demais centrais sindicais irão fazer. Nosso dia será de reivindicações e denúncias. Assim como os grevistas de 1886, vamos mostrar que o caminho é a luta e organização. Viva o dia dos trabalhadores e trabalhadoras!

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