IDEIAS

Calma, Juros, por favor, é melhor ficar de boa

Por Filipe Rosa | 25/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Taubaté

É, Exaltasamba, seria bom colocar vocês para cantarem esse trecho para o FED (Federal Reserve, banco central dos EUA).

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Preciso que você saiba: a variável econômica mais importante no mundo inteiro é a taxa de juros dos EUA. Análoga à nossa querida taxa SELIC, a taxa de juros do tesouro americano é o custo de oportunidade do capital global. Todos os investidores de peso (bilionários, nações, empresas multinacionais etc.) observam a taxa de juros dos EUA ao comparar com outra alternativa de investimento e, com base na diferença entre as taxas de retorno esperadas (“spread”), tem-se a decisão de investir ou não em determinado projeto (ou nação).

Em contrapartida, os bancos centrais ao redor do globo sabem disso e, quando desejam se manter atrativos ao capital estrangeiro (que vem em forma de dólares), não podem deixar a sua própria taxa de juros abaixo da taxa dos EUA. É simples, você prefere deixar seu dinheiro com um primo rico dolarizado ou com outra pessoa desconhecida? Para deixar com o desconhecido, o prêmio por esse risco precisa ser bom.

Ultimamente, observamos uma certa dificuldade dos EUA em baixarem sua taxa de juros (hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano). Qualquer outra economia que deseje ser atrativa para entrada de dólares precisa pagar acima desse patamar (sem esquecer da diferença cambial) para que valha à pena o custo de oportunidade ao investidor.

A moral da história é: enquanto os juros nos EUA estiverem nesse patamar, provavelmente veremos juros um pouco mais altos que o esperado em diversos outros países do mundo (Brasil inclusive) durante um período de tempo mais longo que o esperado.

Para o investidor que busca rendas fixas atrativas com prazos mais longos, isso é ótimo, pois teremos uma manutenção de taxas mais altas por mais tempo. Para o investidor que busca ativos de maior volatilidade (no mercado de ações, por exemplo), este terá seu “ecocardiograma” mais animado até que seja sinalizado algum corte de juros nos EUA. Para a empresa da economia real, disposta a atrair investimentos e crescer sua operação, este é um período de grande desafio.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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