Na contramão, São José dos Campos, que era a cidade mais violenta do Vale em 2001, reduziu pela metade a média de pessoas mortas de forma violenta. O levantamento é de OVALE com dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.

Com apenas seis pessoas assassinadas em 2001, Cruzeiro viu o patamar subir para 28 no ano passado, com recorde de 42 vítimas em 2021. Com isso, a média de mortes violentas por ano passou de sete, entre 2001 e 2010, para 20 no período de 2011 a 2023.

São José dos Campos fez o caminho oposto e reduziu de 248 homicídios em 2001 para 44 no ano passado. A média anual caiu de 121 para 55 entre as duas décadas.

Outras cidades do Vale Histórico também aumentaram a média de pessoas mortas em homicídios, segundo os dados da SSP. Em Guaratinguetá, os mortos passaram de 15 para 23 por ano, em média. Lorena registrou aumento de 21 para 24. No Potim, a média dobrou: três para seis.

Entre as maiores cidades do Vale, ao lado de São José, apenas Jacareí reduziu a média de pessoas mortas de forma violenta: de 47 para 38. Em Taubaté, a média passou de37 para 46 e em Pindamonhangaba, de 14 para 25.

No Litoral Norte a média caiu em Caraguatatuba (43 para 31) e teve uma ligeira subida em Ubatuba (19 para 20).

Em entrevista a OVALE, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), admitiu que a disputa por território entre facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro tem o Vale Histórico como seu principal palco, o que explicaria o crescimento dos homicídios naquela região. Ele prometeu usar a tecnologia para reduzir a violência no Vale.