Na sessão ordinária, que discutia uma moção de repúdio ao golpe militar em solidariedade às famílias dos mortos e desaparecidos durante o regime, Thomaz Henrique, contrário à iniciativa, causou repúdio de outros parlamentares. Em sua fala, o vereador afirmou: “Quem sabe se o governo militar tivesse matado mais comunistas, mais terroristas, tinha evitado o que está acontecendo hoje no Brasil”.

No pedido de cassação protocolado, os autores citam ainda: “Como se não bastasse, o discurso do parlamentar faz apologia e incentiva a morte de pessoas que não compartilham de suas ideias, reputando-as de terroristas, comunistas, bandidas, e etc., tudo para evitar o que está acontecendo hoje no Brasil”. Diante do exposto, os requerentes pedem que o documento seja encaminhado para o Conselho de Ética da Câmara, para o devido processamento, nos termos do art. 13, da Resolução nº 11/1996, culminando com a perda do mandato do vereador.

PEDIDO DE CASSAÇÃO

Este é o segundo pedido de cassação contra o vereador Thomaz Henrique. O primeiro, protocolado na segunda-feira (8), foi feito por Fabrício Filho, formado em Direito, pós-graduado em Cidades Inteligentes e pré-candidato a vereador pelo PSD. “A defesa das instituições é a missão base de um vereador. Por isso, é inaceitável que qualquer vereador defenda esse tipo de coisa aqui na Câmara Municipal”, afirmou Fabrício.

Assinam o documento, representantes do PSTU, PT, PC do B, PSOL, PV, e nove Sindicatos de Trabalhadores, entre eles, o Sindicato dos Metalúrgicos de SJC e Região.

O OUTRO LADO

Por meio de nota, o vereador Thomaz Henrique disse que “qualquer cidadão pode pedir a cassação de um vereador, é parte da democracia. Sobretudo agora, véspera de período eleitoral, é natural que a esquerda joseense e pré-candidatos em geral procurem projeção em cima do vereador que mais se opôs à esquerda e ao sistema, fazendo pedidos sem pé nem cabeça. Encaro com serenidade e sigo o meu trabalho”.