AVIAÇÃO

C-390 da Embraer disputa mercados que podem chegar a 100 aviões na Índia e Arábia

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
C-390 em operação na Força Aérea de Portugal
C-390 em operação na Força Aérea de Portugal

O cargueiro multimissão Embraer C-390 Millennium disputa contratos na Índia e na Arábia Saudita que podem representar encomendas de até 100 aeronaves, o que tornarão o jato um dos maiores casos de sucesso no mercado global de defesa e segurança.

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Até o momento, a Coreia do Sul foi o sétimo país a selecionar o C-390 para sua Força Aérea, depois das forças militares de Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria e República Tcheca.

Não à toa, o setor de defesa e segurança da Embraer fechou o ano passado com 25% de crescimento nas receitas em relação ao ano anterior, um adicional de R$ 2,5 bilhões. O segmento foi especialmente impulsionado pelos maiores volumes de venda do C-390.

“Estamos muito otimistas com as perspectivas para a defesa, especialmente o C-390. Estamos em fase de contratação dos países que anunciaram a seleção [da aeronave] e há outras campanhas em andamento”, disse Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, durante teleconferência sobre os resultados financeiros da companhia.

No começo de fevereiro deste ano, a Embraer Defesa e Segurança anunciou um acordo com a Mahindra Defence Systems, da Índia, envolvendo o C-390 Millennium. O objetivo é cumprir os requisitos da Força Aérea Indiana para a aquisição de aeronaves de transporte médio multimissão em seu próximo projeto de aquisição de aeronaves.

Segundo Gomes Neto, a compra pela Força Aérea Indiana pode representar um contrato para até 80 aviões. “Estamos caminhando bem, mas o prazo é muito difícil de a gente estimar, mas talvez alguma coisa entre dois e quatro anos”, afirmou o presidente da Embraer.

ARÁBIA E EUA.

Na Arábia Saudita, a parceria da Embraer foi com a empresa SAMI (Saudi Arabian Military Industries), também visando a venda co cargueiro no Oriente Médio.

“Estamos tendo várias ações e tem uma boa perspectiva ali também, para talvez até 20 C-390 naquele país, mas é difícil prever. Mas estamos muito otimistas com as oportunidades na Arábia Saudita e no Oriente Médio como um todo”, disse Gomes Neto.

Além disso, o presidente da companhia disse que os Estados Unidos também são um mercado potencial para o C-390. “É um produto muito atualizado que pode trazer muitos benefícios para as Forças Armadas Americanas, pela sua eficiência, pelo seu nível de tecnologia, para poder operar com frotas menores e mudar de uma missão para outra em tempo muito curto”, explicou.

Segundo Gomes Neto, a Embraer está “revisando a estratégia” do C-390 nos Estados Unidos, para aproveitar todo o potencial da aeronave.

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