TRAMITAÇÃO

Texto que obriga distribuição de água em shows em São José poderá ir para plenário

Projeto havia recebido parecer contrário da Assessoria Jurídica da Câmara, mas três comissões permanentes se manifestaram a favor da proposta, que poderá ser votada em plenário

Por Julio Codazzi | 15/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Flavio Pereira/CMSJC

Plenário da Câmara de São José dos Campos
Plenário da Câmara de São José dos Campos

Embora a Assessoria Jurídica da Câmara de São José dos Campos tenha emitido parecer contrário ao projeto que que visa obrigar que a distribuição de água em eventos públicos e privados no município, a proposta poderá ser votada em plenário.

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O aval para a continuidade da tramitação foi dado pelas comissões de Justiça, Redação e Direitos Humanos, de Economia, Finanças e Orçamento e de Cultura e Esportes, que se manifestaram a favor do projeto.

Pelo Regimento Interno, um projeto precisa obter parecer favorável de ao menos uma comissão para poder ser votado em plenário. Do contrário, é arquivado automaticamente.

COMISSÕES.
Pela Comissão de Justiça, Redação e Direitos Humanos, o relator Fabião Zagueiro (Solidariedade)) emitiu parecer favorável e foi acompanhado por Robertinho da Padaria (Cidadania) e Walter Hayashi (União).

Na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, o relator Juvenil Silvério (PSD) emitiu parecer favorável e foi acompanhado por Roberto Chagas (PL) e Rafael Pascucci (PSD).

Na Comissão de Cultura e Esportes, o relator Rogério da Acasem (MDB) emitiu parecer favorável e foi acompanhado por Renato Santiago (PSDB) e Amélia Naomi (PT).

Nos três casos, os relatores não apresentaram nenhum argumento para rebater o parecer da Assessoria Jurídica - se limitaram a afirmar que o projeto "está apto para apreciação majoritária do plenário".

PROJETO.
Apresentado em novembro de 2023 pelo vereador Zé Luís (PSD), o projeto foi motivado pela morte de uma fã da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, naquele mês - na ocasião, a jovem teve exaustão térmica causada pelo calor.

Em parecer, a Assessoria Jurídica apontou que, ao criar obrigações ao poder público, o projeto "não se coaduna com o princípio da separação dos poderes". Além disso, a proposta "implicará aumento de despesa ao erário municipal", mas não indicou a fonte de recursos para esse gasto.

O parecer afirmou ainda que a obrigação atribuída às empresas "poderá ser vista" como "desarrazoada ou incompatível com os princípios" constitucionais da atividade econômica. A Assessoria Jurídica concluiu que "a propositura não estabelece a sanção correspondente ao descumprimento da regra aos particulares, o que poderá tornar a norma inócua ao fim proposto".

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