A ineficiência moderada, por outro lado, permite uma adaptação mais rápida a novas circunstâncias, proporcionando uma vantagem competitiva em ambientes desafiadores.

Trazendo para o assunto central desta coluna, investimentos, do ponto de vista de rentabilidade você possuir dinheiro em caixa é ineficiente. Por se tratar de um capital muito líquido (está sempre à mão) e seguro, não apresentará grandes ganhos financeiros. No entanto, acontecendo uma “dor de barriga”, haverá uma “gordura para queimar”. Haverá um capital excedente e disponível para cobrir uma despesa de última hora ou aproveitar algum ativo em condições atrativas por prazo limitado.

A busca desenfreada pela eficiência pode inclusive comprometer a qualidade das interações humanas. Em um mundo movido pela tecnologia e automação, valorizar a ineficiência pode significar dar espaço para momentos mais humanos e significativos. Relações pessoais, por exemplo, muitas vezes florescem quando não estão presas a padrões rígidos de eficiência, permitindo a expressão autêntica de emoções e conexões genuínas. No ambiente do trabalho, esse seria o famoso momento do “cafezinho”.

Um pouco de ineficiência pode ser um catalisador para a criatividade. Processos mais lentos e menos otimizados muitas vezes fornecem o ambiente propício para o surgimento de ideias inovadoras. A ineficiência moderada desafia a mente a explorar caminhos não convencionais, propiciando um terreno fértil para a descoberta e o desenvolvimento de soluções únicas. Já aconteceu de você enfrentar um problema no trabalho e a solução surgir magicamente durante seu banho? Seu treino na academia? Pois é, isso é a ineficiência eficiente mostrando seu poder.

Em resumo, incorporar um toque de ineficiência em certos aspectos da vida e dos negócios pode proporcionar benefícios como flexibilidade, qualidade nas relações interpessoais e estímulo à criatividade. Essa abordagem equilibrada entre eficiência e ineficiência pode representar um caminho mais resiliente e gratificante.