LEVANTAMENTO

Câmara de Taubaté teve sete faltas de vereador em 2023; queda começou após reportagens

Na legislatura de 2017 a 2020, média era de 67 faltas sem justificativa por ano; redução coincidiu com lei que passou a descontar salário, criada após reportagens de OVALE

Por Julio Codazzi | 12/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Taubaté

Divulgação/CMT

Plenário da Câmara de Taubaté
Plenário da Câmara de Taubaté

A Câmara de Taubaté registrou durante o ano de 2024 um total de sete faltas sem justificativa nas sessões legislativas. Essas ausências foram de dois dos 19 vereadores.

Faça parte do canal de OVALE no WhatsApp e receba as principais notícias da região! Acesse: https://whatsapp.com/channel/0029VaDQJAL4tRs1UpjkOI1l

Nunes Coelho (Republicanos) teve quatro faltas: duas no dia 9 de maio, data em que foi realizada uma sessão extraordinária após a sessão ordinária; uma em 29 de agosto; e outra em 10 de outubro.

Boanerge dos Santos (PTB) teve três faltas: duas no dia 19 de setembro, quando foram realizadas duas sessões na sequência; e outra no dia 26 do mesmo mês.

Também ocorreram nove faltas justificadas, de cinco vereadores: Douglas Carbonne (Republicanos), com quatro ausências; Neneca (PDT), com duas; e Edson Oliveira (PSD), Nunes Coelho e Talita Cadeirante (PSB), com uma cada. Os outros 13 parlamentares não tiveram nenhuma falta no período.

FALTAS.
A Câmara de Taubaté começou a divulgar o relatório de presença dos vereadores às sessões em 2017. Naquele ano, foram 86 faltas não justificadas em 71 sessões (média de 1,21 ausência por sessão). Em 2018, também foram 86 ausências, mas em 65 sessões (média de 1,32 falta por sessão).

No começo de 2019, OVALE passou a publicar um balanço anual das ausências sem justificativa na Câmara. Com a repercussão negativa, os vereadores reduziram o número de faltas. Naquele ano, foram 62 faltas em 59 sessões (média de 1,05 por sessão). Em 2020, foram 35 ausências em 53 sessões (média de 0,66 por sessão). Ou seja, na legislatura de 2017 a 2020, foram 269 faltas sem justificativa em 284 sessões.

Também devido à repercussão negativa das reportagens, em setembro de 2020 os vereadores aprovaram uma lei que passou a prever desconto no salário do parlamentar que faltar. O desconto é de 5% por falta, o que representa R$ 418,19, do total de R$ 8.363,90 que os vereadores recebem por mês. Quando duas faltas ocorrem no mesmo dia, é feito apenas um desconto.

Com isso, Nunes sofreu três descontos de R$ 418,19 cada, que somaram R$ 1.254,57. Já Boanerge teve dois descontos, em um total de R$ 836,38. O desconto é feito no salário do mês seguinte.

QUEDA.
Na atual legislatura, foram registradas 14 faltas em 55 sessões em 2021, média de 0,25 por sessão legislativa.

Em 2022, foram nove ausências em 56 sessões, uma média de 0,16 por sessão.

Em 2023, com sete faltas em 52 sessões, a média foi de 0,13 – o menor número de ausências da série histórica.

VEREADORES.
Procurado pela reportagem ao longo da última semana para comentar as faltas sem justificativa, o vereador Nunes Coelho não se pronunciou.

Já o vereador Boanerge dos Santos se limitou a dizer que teve "problemas particulares para resolver" – sem detalhar a natureza dos problemas - e que "foi descontado do meu salário" o valor equivalente às sessões em que não compareceu.

Já a Câmara confirmou que foram feitos os descontos nos salários dos dois vereadores.

Receba as notícias mais relevantes de Vale Do Paraíba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.